4 de setembro de 2011

Quem Espera?

              Quem espera que um dia eu case? De verdade, quem pode acreditar nisso? Bom, mas tudo bem. O que espero mesmo dessa vida é dinheiro digno, um trabalho mais ou menos chato para eu poder ter assunto com a família. Espero meia dúzia de amigos que queiram me visitar domingo à tarde na minha casa desarrumada. Espero ter menos gripes e que algumas pessoas morram. Espero uma velhice curta, uma morte rápida e muitas viagens. Espero poder fotografar tudo o que quiser e que o filme da máquina não queime.  Não espero que o messias apareça e que ninguém alcance as minas expectativas. 
            Hoje sou eu, mulher, branca, de cabelos lisos, olhos verdes, mais ou menos fora de forma, mais um menos amada. Olhos cançado, com problemas na coluna, alvo de chacota, chamada de louca. Um pouco inteligente, um pouco ingênua, um pouco cansada. E sou só eu.

Eu fui até lá.

Não faz parte do conjunto de talheres que ganhei o brilho nos olhos que eu ainda não achei. Eu fui até lá para tentar te encontrar, comprei flores e as deixei no caminho. Eu não tive coragem. Fui até lá maz fiquei observando de fora, não te vi. Não te vi porque não te vi, ou você não foi. Faz mais ou menos um mês que não te vejo, faz mais ou menos 20 dias que te esqueci, faz mais ou menos. De lá, eu fui para um bar e quando cheguei, lembrei que não poderia beber, voltei para casa. Estava frio, úmido, com muitas pessoas na rua, eu sozinha. Eu cheguei em casa, quero que saiba que eu cheguei. Sentei no sofá e por 10 ou 30 minutos fiquei muda comigo e com o sofá. Dormi, amanheci e fui até lá para tentar te encontrar.

3 de setembro de 2011

Em briga de marido e mulher EU meto a colher!


A relação de um casal (seja ela da orientação sexual que for) é como um relacionamento qualquer entre duas pessoas. Eu nunca ouvi falar que em briga de irmãos ninguém, sei lá, mete o colherão (?). Sabe? Eu acho que tomar partido é sempre uma coisa complicada, porque no fim, quando se ouve os dois lados, nota-se a razão de ambos, é o que chamamos na antropologia de relativizar. Não há certo, não há errado, considerando exceções (?). Não, não é legal para nenhum relacionamento da naturaza que for, pessoas jogando contra, isso quer dizer, contando histórias, fofocas, coisas irrelevantes. Mas é sempre bom, gostoso, agradável e de grande valia conversar e saber a opinião de alguém que está de fora desse relacionamento. Isso é se meter? Pricipalmente quando quem está buscando esse conversa fora do relacionamento é uma das partes.
            Dito isto, está feita a minha defesa.