29 de novembro de 2011

Só enquanto eu mentir

Gente que acha que tudo é pra ela, tudo é por ela, tudo é só dela. Se esquece que todos temos nossas próprias sensações, percepções, vontades, filosofias.

Quantas mentiras eu ouvi e você jurou ser verdade? Algumas delas logo depois você acabou reconhecendo outras, você sustentou e achou que eu acreditei. Porque se você sabe mentir, eu sei mentir em cima. Talvez isso até me faça mais babaca do que você, ainda assim eu faço. Porque eu não estou preocupada em achar a perfeição que eu nunca vou conseguir, tento obter o melhor sim, mas sem caretice. Por que você não larga a mão e vem viver? Você pode sentir tão mais do que sente e fica ai, preso nesse mundinho da fantasia da conspiração e das pessoas que te prendem em uma identidade que: qual sua identidade?

Eu nem acordei, levantei logo e fui fumar na sacada que piscava colorida. É natal, como será o natal? Será com você? Fiquei pensando e mal conseguia chorar, eu até queria, mas se não chorava: sinto mesmo tanto assim? Acho que não. Acho que não sinto muito. Se estou é porque quero, suporto porque quero, nem ligo. Ouvi música, e aparelhos eletrônicos não gostam muito de mim. Fumei outro cigarro, as luzes ainda piscavam e nenhum barulho, você não deu falta de mim. Assimilado isso, também não chorei. Voltei pra cama, você não se deu conta, você fez que não deu. Não chorei. Eu já chorei por você? Ou eu chorei por mim? Eu me cansei e fui embora: vitória. Saber a hora de ir vale mais do que saber a hora de chegar. Eu aprendi a hora de ir e não ter medo se é melhor, se está certo, se é mais confortável, me submeter pra quê? Vou embora, sem chorar, sem pensar duas vezes, eu não ligo.

Faço o que devo, vivo cada segundo e você só vai me ter nos raros momentos em que eu mentir pra você dizendo que me tem.

27 de novembro de 2011

Esse jogo não tem manual

Não se trata de um conto de fadas, por mais que quisermos, acreditemos não se trata. Não é por todo o meu esforço, por todo o seu esforço, pelo espaço de tempo e distância que transforma tudo em magia: não há magia. Não há facilidades, romance perfeito, falta de defeitos. É estranho pensar que há algum tempo que o indefinido não assombra mais do que o presente possível. A possibilidade de sentir tanto, que não faça bem. Mas já não sentimos tanto? Confesso que racionalmente acho uma falta de responsabilidade, mas eu não sou racional, nem 50%, nunca disse que era. Pelo contrário, eu valorizo sentir, sentir ao máximo os mais intensos dos sentimentos, sejam eles quais forem. Mesmo que seja dor, que seja a maior dor que já senti.
Tem uma parte de mim que vive de duvidar de tudo que pode ser bom, essa parte duvida de você, de tudo que é você e cada fresta que você abre, cada brecha, faz com que essa parte cresça, tome espaço. Mas eu, eu mesma, as minhas outras partezinhas, elas acreditam, elas compreendem, elas perdoam, elas vão indo... Como eu controlo tudo isso? Eu controlo? Eu posso, devo, é permitido, como faz? Tô zonza. Zonza de tudo, do bom e do ruim: intensidade que desnorteia. Será que o julgamento do que vale a pena, vale a pena? Será que prever o impossível é possível? Não creio nisso, por isso aposto fichas, faço tudo o que fiz, fiz tudo o que faço, mas não sei o que farei. Sei das coisas que preciso e me faltam, sei que sou viciada nas sensações, sei que quero te ajudar, porque nisso sou mais viciada que tudo.
Sendo assim, que encaremos e que não coloquemos em duvida de novo o futuro, o futuro sempre foi imprevisível, até para os que se vêem todos os dias, para todos. E porque não assumir esse presente? É que ele ainda tem cara de futuro, ele parece que chega nunca, fica zumbindo no nosso ouvido, deixando a gente assim chato, desnorteado, tonto, irritante, irritado. Talvez nunca tenha sido futuro, ou já não temos um passado? Se temos um passado tivemos um presente e tudo é agora mesmo. A gente se cobra tanto a exatidão impossível, as coisas são como temos, e temos isso, está bom? O que eu tenho está bom, mas o que tive, não está. 
E fico nessa ciranda, nessa gangorra de sentimentos e vou indo, indo, indo, carregada pela maré, quase que nem julgo mais. Só vou sentindo, tentando desvendar o que é, não sei o nome disso, não sei o nome, qual o nome? Você me cobra o nome disso e eu não sei o nome porque eu não te amo, eu não te odeio, eu não te adoro, eu não... Eu não sei. Só sei que quero você perto de mim, bem pertinho, até quando você me irrita, eu quero você bem pertinho. Mas ai, é que tem dia, que eu não sinto mais nada, sinto dor nem amor, nem pena, nem desprezo: fico quieta, boiando na superfície da maré. Corro para superfície para avaliar se não estou me perdendo, ainda não estou, sei disso, tive provas, estou aqui. Estou dentro da minha própria lógica, da minha filosofia, das minhas crenças. Só não, não faça isso, não me diga o que é melhor pra mim, ninguém pode saber o que é melhor pra mim, nem eu. Mas eu sei do que eu gosto e do que eu não gosto, não escolha por mim, você não tem esse direito, escolha por você. E então, você tem escolha? Acho que você está tão solto na maré quanto eu: não há escolha, ela não é nossa, é desse acaso, como sempre foi.
E eu aceito, você aceita?

13 de novembro de 2011

Das pessoas

Das pessoas que apanham e por isso batem
Das pessoas que se perdem no caminho
Com tantos espinhos
Ficam parecendo cacto:
Secos e cheio dos mesmo espinhos
Das pessoas que dizem muito
Falam demais
Fazem quase nada
Das pessoas que desistem
Partem
Deixam seus sonhos para trás
Das pessoas sem coragem
De dizer
Eu te amo
Das pessoas que tem medo
De qualquer coisa que as faça pensar sobre elas mesmas
Das pessoas com escudos
Escudos fixos
Porque bateram demais
Das pessoas que vivem de passado
E perdem o melhor do presente
Das pessoas que acham que tem menos do que tem
Das pessoas que vêem problemas em tudo
Das pessoas que se prendem no pequeno
Das pessoas que mentem pra si
E acreditam estar fazendo o melhor
Das pessoas que nunca arriscam
Se perdem dentro do metódico
Do perfeito
Do projetado
Das pessoas que sempre perdem a melhor parte
Porque se preocupam com as coisas erradas
E se escondem
Das pessoas que se escondem de tudo
De todos
E só se mostram para o superficial
Para o fútil
Para o limitado
Escondem-se nas cavernas
E quando vêem uma sombra lá fora
Isso deve ser mais perigoso que tudo
Das pessoas que nascem sabendo amar
E terminam sabendo julgar
Odiar
Negar
Correr
Das pessoas que eu contei pelo caminho
Já me tornei
Já deixei
Tanto a minha
Quando a dos outros
Das pessoas que prefiro nem conhecer
E se conhecer
Das pessoas que fiquem longe

Desencantamento do mundo

Quem você pensa que é? Com que direito você entra na minha vida manda e desmanda nas coisas que você não tem controle? Fui ali na rua, olhei para todos os lados, céu, chão, ar, pessoas e olha, será? Não sei se vale a pena, nada, nada sei se vale à pena, mas vou deixando. Uma percepção sobressai à outra e assim vai indo e vou deixando tudo se desenrolar. Nada perco, não perdi, não deixei, se não vive, não houve.
Eu só preciso de ar, de vento, muito vento sem maresia. Sentar, olhar ao redor: estou sozinha. Toda a minha tristeza com você se resume a própria tristeza de tudo. É teu desinteresse diário, é toda essa sua gostosura de ignorar que me desinteressa. Você quer mesmo isso? Me pergunto todos os dias e não é por simples insegurança, é por perceptível desinteresse permanente. Não sou interessante? Porque eu não sei se você sabe, mas eu posso partir, sumir, deixar de existir, eu juro que posso. Só gostaria que você me dissesse isso, se for necessário.
É que não sou turbulenta, não procuro briga, discussão, chororo: sou tão simplista que até perco a graça. Digo tudo o que sinto, se tenho um problema te conto e pronto, pronto. Se não tenho, não tenho e te faço sorrir, se eu quero ficar com você, acho justo que saiba. Pra quê complicar? E vou diariamente me perguntando sobre as complicações do seu desinteresse. 

Obrigada pela sua atenção. 
Formalmente, todas.

12 de novembro de 2011

Tempo, distância e desespero

Qual a medida suficiente para o amor, há medida? Posso ouvir Foucault gritando em meus ouvidos que não. Mas fique tranquilo, um tombo lá, outro acolá, a medida pode ser encontrada, a sua própria. Ouvir relatos, contos e causo, ainda é o melhor remédio para nossas neuroses, ainda é! Percebi que não sou tão neurótica, psicótica e nem a pessoa da menor autoestima do mundo: ganho nenhum.
Ainda me sinto culpada por tudo: por sentir saudade de mais, por as vezes simplesmente não sentir nada e outras vezes existir. Nunca tive que encarar distância física como obstáculo, sorte ou azar. Nunca tive que contar tanto com a sorte ou revés da vida e aonde vim parar? Minhas previsões aqui mencionadas estavam certas, tornei-me uma mulher segura com toda a irracionalidade da adolescência. Um pouco insensata, as vezes muito responsável, quase sempre só coração. Com esse coração aberto jogo tudo, o amor, a dor, a perda, as questões, os desgostos, as incertezas. Não tenho mais tanto medo do incerto, não se eu puder aproveitar antes de ele bater em minha porta.
Acho razoável que você parta, acho razoável você também não partir assim como também, acho razoável eu pensar minhas possibilidades. Saudade boa é aquela que se pode terminar e dor ruim é aquela que fica até você se acostumar: não quero me acostumar com a dor de ficar longe. Mas como disse, dentro disso tudo, é esperado que eu não me apegue tanto a isso, quero mesmo é te experimentar por completo, saborear cada parte, cada gesto, cada ausência. Arrependimento bom é aquele que quando provado nos agrada, fui te ver, sentir, ouvir e falar: gostei de quase tudo.
A perfeição é criada a partir das horas em que tudo fica calmo, sereno, tranquilo e incrivelmente belo. O tempo enfim, é o menor dos problemas e a saudade torna-se um membro permanente de carinho. Ter-te por perto pode até ser mais saboroso que ter-te de longe, mas ter-te de longe também tem seus encantos. Eu não presumo nada, não acho nada, não crio nada a partir desse presente que só é até agora ele mesmo, espero tudo. Espero calma com a minha saudade que gosto de regar todos os dias: estou viva. Gosto de simplesmente saber como é, eu tinha me esquecido como era, desacreditado e você, que tentou me fazer desacreditar de novo... Não, não sou fácil assim. Sou a primeira a sair de casa, a última a voltar e sou permanentemente amor.
           Se eu quisesse ser um muro, o seria. Se quisesse ser mais uma, a seria. Se quisesse ir lá e fracassar, eu também poderia. Eu quero, quero tanto, quero mais que tudo ser tudo, fazer tudo, porque, dentro das possibilidades do possível, quero todas as experiências, até as que não gostar. Quero-te assim, me irritando pra eu poder consertar, me bagunçando o coração pra eu ter o trabalho de reorganizar. Do todo pronto eu não gosto, o simples me espanta e me afasta. Quero toda a sua complexidade discutindo com a minha, seja perto, longe, juntinho ou abraçadinho.

11 de novembro de 2011

Há Dúvida?

O texto a seguir é de autoria própria baseado nas teorias Bergsonianas. Teve como base os livros de Henri Bergson: "O Pensamento e o Movente"; "Matéria e Memória", "A Evolução Criadora".

Há certeza? Certeza de que, do que, de quem? Talvez, só haja certeza da própria certeza? Definitivamente não. A certeza está ai, andando pela rua, é a duração e não o tempo. Mas é da certeza que se parte da dúvida? A dúvida é menos que a certeza? De que certeza é essa que falo e de que dúvida é essa que digo se não das totais. Tenho certeza que nunca comi bacon na vida até hoje, nunca comi. Mas compreendo nunca ter comido bacon porque nunca soube ter ingerido, ou por que tenho certeza a partir do momento em que nunca soube ter comido? A certeza tem a sua duração, ela existe enquanto conceito, entendimento humano, mas não como certeza absoluta, total. Ela só é certeza em sua duração de compreensão.
Pois, se a certeza existe enquanto duração, o que será da dúvida se não uma desconfiança da certeza? Eu posso ter duvida de que um dia eu tenha comido bacon sem nunca ter pensado se tenho a certeza de que não comi? Não. Porque meu raciocínio lógico foi treinado para antes ter certeza, antes da dúvida já há certeza e então, por que começar a duvidar? Por que interromper a duração da certeza? Porque essa certeza foi capturada, ou melhor, houve uma tentativa de captura da certeza e nesse momento, ela deixa de existir. Ao mesmo tempo que penso “eu nunca comi bacon”, penso na lógica de que “eu nunca comi bacon, que eu saiba”. Eu já amei, mas amei de verdade, o que é amor? - Penso eu. É uma rede fina, próxima, maleável que me leva à dúvidas infinitas a partir de certezas que tentaram ser capturadas, se entrelaçando e formando uma malha interligada.
A dúvida não é a duração, a dúvida é o rompimento da duração, a lacuna, uma falsa duração de certeza que logo se quebra. A dúvida é o prolongamento da certeza com capturas, ligações de certezas. Como uma linha, onde a linha é a certeza e os pontos amarrados para unirem-se e formar a linha, são as dúvidas. Embora ainda assim, a certeza pareça maior que a dúvida, por ser durável, ela é menor. A dúvida é mais que a certeza por desvelar novas certezas e novas dúvidas, é como um quarto espelhado por todos os lados, chão, teto, sem porta ou janela. A dúvida é que permite a duração da certeza e que se autopermite continuar a duvidar.

25 de outubro de 2011

Continuo

Quando eu resolvi viver de novo, me arriscar, sair na luz do dia, deixar ser amada: eu sabia. Sabia os riscos que corria, sabia a dor que me esperava, as mentiras que nunca poderão silenciar. Eu só não sabia que eu praticamente não havia aprendido, ou eu não me deixei aprender? Quantas vezes disse que não quero ser insensível como o resto do mundo? Tudo verdade, não quero mesmo. Aprendi de outras formas, de alguma forma tenho de ter aprendido.
Quando eu decidi me deixar ser vista nas ruas de novo, eu sabia que o me esperava. Toda a decepção, toda a dor, todo o medo, todas as dissimulações. Talvez eu morra sem entender porque as pessoas brincam com os sentimentos dos outros. Talvez eu morra sem saber porque as pessoas não se importam com o impacto que causam na vida dos outros. Ainda assim, eu vou viver.
Não foi a primeira vez e não há de ser a última, talvez ainda seja só uma das primeiras... Vou seguir sendo sincera comigo e com o mundo. Vou cotinuar sendo a transparência que espero dos outros, o amor infinito que sinto é a melhor coisa que tenho. Não acho que terei recompensa por boa conduta, só não sei ser diferente.

O que mais tenho dentro de mim ainda se chama Amor.

8 de outubro de 2011

Sinceramente...


Como dizer isso sem fazer de forma clichê ou vazia?

Às vezes eu penso “nossa, minha vida tá uma droga há ‘x’ tempo, quando isso vai acabar?” Depois eu penso que talvez ela tenha sido sempre assim. Ou talvez eu confunda e tome o imóvel pelo movente e assim, perco a continuidade, as lacunas ficam vazias. Lacunas estas que devem ser de insatisfação? Provavelmente eu nunca saberei. O que resta saber é o que sempre restou, o que realmente importa quando pensamos a vida, a própria vida?

Tenho certeza dos meus esforços, dos desafios, das dificuldades diárias em levantar da cama e como é horrível ter aversão a luz do dia. Parece que todos os esforços, todos, todos até hoje, todos em vão. Todos os esforços se resumem a nada. Logo em seguida repenso: não é verdade. E então, por que esse sentimento de fracasso constante? E por que as pessoas ficam se fechando tanto?

Um monte de gente diz: Sacha, você se expõem demais às vezes; Sacha, você é muito transparente; Sacha, você confia muito rápido em alguém; Sacha...
Sacha querida, amada, clara. Não é só o me recusar, recusar esse sistema, essa sociedade em que nasci, essa cultura anacrônica: é simplesmente não compreender. Como pessoas acordam e vivem 30, 40 anos de uma vida de 70 fazendo coisas que não suportam? Sério, para mim, essas pessoas que tem problemas.

Eu posso não ter dinheiro, eu posso não acordar todo o dia e ter um emprego, eu posso não ter habilitação para dirigir, posso não ter roupas caras, posso não dinheiro para comer no restaurante que quero. Mas no fim, no fim eu prefiro não ter  nada disso mesmo, prefiro não ter nada se tudo isso significar abdicar de cada segundo que vivo, que sinto, que é. Prefiro, ainda assim, ser a Sacha criticada, escrachada, julgada, mal amada, que tenta todos os dias o seu melhor. Que ama tanto que não pode suportar qualquer reprovação. Mas as pessoas nunca vão acreditar, porque a maior parte delas está ai, incorporada por essa cultura da desconfiança e da incredulidade.

Eu ainda prefiro ser eu, com toda a minha gastrite porque permito todo mundo me deixar nervosa, chorar o dia todo, desacreditar para reacreditar. Se eu não fosse assim, não seria eu. Seria qualquer outra pessoa que existe no mundo e isso não é teimosia, isso é se permitir, permitir ter a personalidade que tem, sem deixar de melhorar a cada dia. Pedindo desculpas compulsivamente, se achando culpada sempre, querendo o melhor a cima de tudo.

Não importa como a história acaba, se a história acabar sendo verdadeira até o fim.

4 de outubro de 2011

Da série de pessoas...

Faz pouco tempo, pouco mesmo, alguns meses eu aprendi a começar a diferenciar as minhas frustrações pessoas, de pessoas que nem merecem qualquer lágrima minha, não que isso adiante muito.

As pessoas sempre vão me frustrar em algum momento, minhas expectativas são muito altas e exatas, como não vão me decepcionar? Vão. Até ai, isso pode ser digerido, eu posso fazer uma autocrítica, ver o quão importante é ou não aquilo para mim, o quanto afeta o meu relacionamento com essa pessoa.

Mas há outro tipo, que não é decepção, embora eu tenha acreditado nisso a minha vida toda, não é decepção. É aquela história universalista, aquela história que se eu contar dizendo que é de uma amiga, vão dizer: “nossa essa outra pessoa foi bacana”. 

O problema é que, as próprias pessoas que agem assim, sem serem "bacanas" com as outras, não se auto reconhecem. Por exemplo, eu tenho certeza que até hoje se alguém puxar um papo no médico com o meu ex-namorado e falar sobre "mentir e brigar sozinho com a sua ex-namorada" ou "que o namorado da amiga a chamou de gorda quando ela estava magra e quando ela estava gorda de nojenta" ele vai achar tudo isso muito errado. Que ironia. 

Mais um episódio em minha vida, é sim, EM MINHA VIDA. Não foi o segundo, nem o décimo e muito menos deverá ser o último. A pessoa fala mundo e fundos, como há anos ela gosta de você, espera pelo momento de um dia ficar com você. Uma hora, você começa a ceder à trama... Você vai cautelosa, até acredita que metade disso é puro exagero masculino. Como se não bastasse, a pessoa não mora perto, mora é MUITO longe. Você, que já está completamente envolvida, queria viajar, junto o útil ao agradável e decide visitar a pessoa. Pessoa essa que mora tipo, na Patagônia, não é lá, mas tá valendo a mesma coisa. Quando falta um pouco mais de uma semana para a viagem, a pessoa começa a SÓ te tratar mal, mal, mal, mal. Uma hora cansa e você também revida, mas ai você pensa “se acalma, tenta arrumar as coisas”, mas não! Essa pessoa já está perdida e feliz, missão cumprida! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR CONSERTAR NADA, NÃO VAI! ESQUEÇA! Você manda uma mensagem dizendo e mostrando a atitude da pessoa para ver se dá uma acordada, você chama no msn, você liga. ESQUEÇA!

É, o melhor a fazer mesmo é bloquear no face, parar de seguir o infeliz no twitter e se ele quiser, tem seu telefone, deixa lá o msn/Skype, vai que de repente rola uma luz na pessoa?
Acho que a pessoa pensa assim: tô aqui na minha casinha, de buenas... Não paguei passagem, não tô desempregado, não tô indo pra puta que pariu do fim do mundo, nada disso e nem fui eu que pedi para essa fulaninha vir, pra quê eu vou me preocupar?
Parabéns!

4 de setembro de 2011

Quem Espera?

              Quem espera que um dia eu case? De verdade, quem pode acreditar nisso? Bom, mas tudo bem. O que espero mesmo dessa vida é dinheiro digno, um trabalho mais ou menos chato para eu poder ter assunto com a família. Espero meia dúzia de amigos que queiram me visitar domingo à tarde na minha casa desarrumada. Espero ter menos gripes e que algumas pessoas morram. Espero uma velhice curta, uma morte rápida e muitas viagens. Espero poder fotografar tudo o que quiser e que o filme da máquina não queime.  Não espero que o messias apareça e que ninguém alcance as minas expectativas. 
            Hoje sou eu, mulher, branca, de cabelos lisos, olhos verdes, mais ou menos fora de forma, mais um menos amada. Olhos cançado, com problemas na coluna, alvo de chacota, chamada de louca. Um pouco inteligente, um pouco ingênua, um pouco cansada. E sou só eu.

Eu fui até lá.

Não faz parte do conjunto de talheres que ganhei o brilho nos olhos que eu ainda não achei. Eu fui até lá para tentar te encontrar, comprei flores e as deixei no caminho. Eu não tive coragem. Fui até lá maz fiquei observando de fora, não te vi. Não te vi porque não te vi, ou você não foi. Faz mais ou menos um mês que não te vejo, faz mais ou menos 20 dias que te esqueci, faz mais ou menos. De lá, eu fui para um bar e quando cheguei, lembrei que não poderia beber, voltei para casa. Estava frio, úmido, com muitas pessoas na rua, eu sozinha. Eu cheguei em casa, quero que saiba que eu cheguei. Sentei no sofá e por 10 ou 30 minutos fiquei muda comigo e com o sofá. Dormi, amanheci e fui até lá para tentar te encontrar.

3 de setembro de 2011

Em briga de marido e mulher EU meto a colher!


A relação de um casal (seja ela da orientação sexual que for) é como um relacionamento qualquer entre duas pessoas. Eu nunca ouvi falar que em briga de irmãos ninguém, sei lá, mete o colherão (?). Sabe? Eu acho que tomar partido é sempre uma coisa complicada, porque no fim, quando se ouve os dois lados, nota-se a razão de ambos, é o que chamamos na antropologia de relativizar. Não há certo, não há errado, considerando exceções (?). Não, não é legal para nenhum relacionamento da naturaza que for, pessoas jogando contra, isso quer dizer, contando histórias, fofocas, coisas irrelevantes. Mas é sempre bom, gostoso, agradável e de grande valia conversar e saber a opinião de alguém que está de fora desse relacionamento. Isso é se meter? Pricipalmente quando quem está buscando esse conversa fora do relacionamento é uma das partes.
            Dito isto, está feita a minha defesa. 

31 de agosto de 2011

Abriu

Abriu os olhos, o corpo grita quando não queremos escutar nossos instintos mais derradeiros, é hora de parar. Respira fundo, olha ao redor, que rotina é essa? E os meus amigos? Por que parei de dormir? Cadê a grana? Cadê minha vida, o que sempre me caracterizou? Onde vim parar? A viagem foi boa, as descobertas interessantes, as sensações indescritíveis. Foi bom. Tão bom é voltar, como se volta pra casa em um dia muito cansativo, depois de uma viagem longa: só quero a minha cama, meu edredon, meu travesseiro, meu ursinho de pelúcia. 
O meu corpo gritou, gritou meu nome bem alto dentro de mim mesma com tom de quem pergunta, me procurava e eu escutei, só demorei a responder. Mas respondi, agora eu respondi, agora chegou.
É uma nova versão, nem a de antes, nem a de ontem, nem a de criança, é nova. É essa nova, precisa de um corte novo de cabelo, talvez uma cor diferente? Precisa de roupas, coisas, pessoas, janelas: tudo novo. Eu gosto do novo, seja bem vindo.

28 de agosto de 2011

Definindo o indefinido: pode.


Desde de muito nova acho muito chato o ato da definição, eu não posso simplesmente ser e não ser de forma coerente? Sabe como funciona? É muito simples, é só você dizer que para tal situação você não concorda e para outra sim, não pode? Todo mundo faz isso. Às vezes eu penso que só eu não posso mudar de opinião, então temos de ser fixos? Só me irrita a mudança de opinião quando ela não é assumida, onde está a coerência

Você não disse “x” ontem e hoje disse “y”? Não. (????????????????????)
o.O

Indefinido

Forte, fraco, o que é tudo isso mesmo? Fazer ciências sociais é deixar de ser tolerante com a intolerância e passar a ser intolerante com a intolerância. Para os que percebem isso: exercitar a tolerância com intolerantes. Nossa vida toda é assim, uma eterna construção da descontrução e reconstrução da contrução e eu estou pirando! Respiro. Ufa, quase me sufoquei. Tem gente que pensa que eu nunca choro, outros acham que eu nunca falei sério na vida, tem gente que pensa que TODAS as palavras que eu digo são irônicas e no fim disso tudo, desculpe, tudo isso é verdadeiro e falso: ninguém é, ou pode ser TÃO definido, parem de definir!

Espírito Cristão-Social-Brasileiro

Nunca saí muito bem na foto, não costumam me amar de cara, mais fácil me odiarem, mais fácil acreditarem em coisas opostas ao que sou. Dizem que a culpa é minha. Acho fácil culpar os outros, mas é engraçado como as pessoas pensam que eu que as culpo: eu peço tantas desculpas, que esqueço de dizer obrigado. Desculpe. É engraçado tentar fazer o caminho inverso do que sempre me ensinaram, minha psiquiatra e meu analista pedem para eu ser menos boazinha, e eu deveria. Não acho que isso me torna melhor, não mesmo, acho que isso me torna uma babaca manipulada por um espírito cristão-social-brasileiro: parabéns!

Típico


Nunca foi tão difícil que fizesse que tudo se tornasse impossível, e nunca foi tão fácil que eu não precisasse reclamar. Perdi alguma coisa no caminho? Me perdi no caminho? Não. Nada se perdeu. Somos como as culturas, mesmo que depois de mortos todos os integrantes de uma sociedade, essa cultura jamais é morta, uma vez que houve contato com outra cultura ela irá se juntar, agregar, prosseguir de forma diferente. Nós não perdemos nada no caminho, nunca. Nos tranformamos em coisas diferentes, pessoas diferentes, mesmo que tenhamos atitudes opostas ao do passado, aquela de outrora não foi perdida, mas mudada, tranformada e está lá, em algum canto contida. Quantas vezes me transformei? Cortei os cabelos, tingi, mudei de cores de roupas, modelos, vocabulários, perspectivas, sonhos, tudo. E que bom. É claro que sei que a maior parte das pessoas não viveriam como eu vivo, não seriam tão intensas, nem tão insanas, mas eu gosto. Acho que lá no fundo de mim gosto desse monte de doenças que fui acumulando, mas também odeio. Típico.


3 de agosto de 2011

Você nem viu

Não é mais dia, aliás, não me acostumei de novo com a luz do dia, ainda gosto dele, mas a luz me ameaça. Disseram-me que você vai bem, a vida continua, talvez um pouco mais parada, talvez um pouco mais fácil, talvez com mais dinheiro. Ouvi dizer que o desânimo continua você ainda é o que eu conheci, a não ser comigo. Hoje já faz quase um ano, e nada se resolveu. Permanecer a mesma decisão, não pareceu uma resolução, pelo menos eu não sinto assim. Talvez agora você seja mais feliz, tenha mais tempo para você, e possa usar e comer tudo o que quiser. Agora você não precisa ser mais coerente, você pode voltar a odiar o seu irmão e não reconhecer o valor da sua família. Talvez, agora você seja tudo aquilo que desejou, mas eu não compreendi: não que isso faça com que eu me sinta culpada.


A vida está diferente, ainda luto para tentar assumir algumas facetas, as dores são as mesmas, mas me sinto diferente. Tenho novas preocupações, perspectivas, interrogações e uma calma inquietude. Quando me lembro de você, não há nada claro, é como uma morte: não me lembro bem do seu rosto, nem de momentos longos, mas choro. Você deve pensar como o resto do mundo, que chorar quer dizer uma única coisa: fraqueza. Para mim, chorar quer dizer uma porção de coisas impossíveis de serem definidas.

Faz quase um ano que eu já sabia, fazem muitos mais que eu pensei, planejei, ensaiei diversas vezes. Às vezes penso que de verdade, jamais saberei se foi bom ou ruim, acho que foi bom e ruim ao mesmo tempo de forma diferente do que seria. Quero que saiba que não te culpo, há uma mágoa imensa e não nego, mas não culpo. Ainda no fim, olho para todo mundo e vejo um animal que está ali, e enquanto vivo, acerta, erra, magoa, e é estranho: eu também fiz muito disso tudo.

Hoje em dia eu cuido da minha pele, passo protetor solar, me maquio melhor, voltei a ter cabelos curtos, escuros e lisos. Ganhei novas marcas, passei por novas doenças, conheci lugares novos, experimentei novas comidas, conheci pessoas de formas tão estranhas que nem eu mesma acredito. Sou mulher. Ainda feminista, mais autônoma, mais preguiçosa e com mais vontades. Aprendi a me amar, me achar bonita e perceber como me enganei ao meu respeito.

Você provavelmente nunca leu nada do que escrevi, talvez permaneça mudo até a minha morte, fique invisível até quando eu agonizar de dores: irônico. É uma triste saudade do que foi, do que não foi e do que eu deixei de viver em todos esses anos. Nunca vou saber e é inútil imaginar o inimaginável. Espero que um dia você tenha o que precisa para poder falar comigo, palavra que for, da forma que for. É porque às vezes tenho a sensação de loucura, como se mais ninguém tivesse te conhecido e eu tivesse imaginado tudo, sentido, e você nunca existiu: preciso saber que não estou louca.


Enquanto isso, tudo segue, da forma que é, da forma que for... tudo segue. Talvez eu morra, talvez você morra, talvez eu case, talvez só tenha uma filha para chamar de minha. É, acho que foi isso, acho que eu entendo o que você quis dizer com “cobrança”, eu me sinto assim e tenho horror que as pessoas depositem suas esperanças em mim, pesa muito, eu não sabia.


Boa casa, boa família, boa saúde, bom dinheiro.

4 de março de 2011

Rumo à e Bogotá first day

Bom, se cêis num sabe, eu não dormi a noite toda, porque sabe, eu sou uma pessoa sem adrenalina e sem ansiedade, sou livre desses males! E por isso mesmo levo uma vida muito regrada à base de remédios, álcool, amigos e vida noturna variada: ligar pra gente que eu não falo há 7 anos e falar pra passar na minha casa; conversar com os porteiros sobre política; ficar escrevendo nessa merda; enfim... O mais regrado de tudo na minha vida é a comida, isso ninguém NUNCA irá poder discutir comigo, porque critério pra comida é o que não me falta, o que falta mesmo é vontade de comer, e sobra vontade de viver.


Tá, pra quem me segue no twitter (@SachaPalma), ou me tem no face, já sabe um pouquinho da minha saga no aeroporto. Porque assim, não basta ir viajar, a pessoa ainda viaja exigindo toddynho da mãe aos 22 anos e como ela NÃO fez faculdade de economia, eu tive que comprar no aeroporto e pagar nada menos que R$ 4,30. Má vá, mais barato do que isso não, DUVIDO?


Mas um dos pontos onde a coisa começa a ficar interessante, é quando eu passo na alfândega, ainda no Brasil. Como alguns já sabem, depois de ter lacrada toda a minha mochila com os lacres que restaram das luzes de natal do meu prédio, eu me dou conta: Eu não coloquei toalha. Ai, você vai dizer a mesma porcaria que a minha mãe disse: Corta o lacre e coloca lá e lacra de novo. Cê jura? Não cabe! Por isso mesmo a minha linda toalha me acompanhou dentro da minha bolsa na bagagem de mão, junto ao netbook e psicotrópicos. 
E não é que a tiazinha da alfândega sei lá porque cargas d'água resolveu remexe a minha bolsa? Ai foi lindo, a muié tirando uma toalha de banho de dentro da minha bolsa, imagina... Tipo "ela vai tomar banho no avião?" ou "Ela vai tomar banho na pia do aeroporto?".... ai, ai.


E como SEMPRE o OBEVEO aconteceu, um casal gay do sexo masculino e lindos sentam bem na minha frente, no que vc acha que resultou disso:
a) Como vc não tinha dormido, dormiu o voo todo
b) Vc foi fazer a social e foi esnobada pelos lindos
c) Fico tudo amigo, até dos dois outros passageiros da sua poltrona + a da poltrona da frente + a da poltrona do lado da frente.


Não vou responder, a resposta é MUITO obvia, deixem nos comentários seus palpites.




Termino aqui para não ficar muito longo. Aguardo os palpites e então continuo essa linda história da Sacha sentada entre um colombiano e outra colombiana que SÓ eu achava que era brasileira e falava em português com a mulher que só acenava... enfim.


No próximo capítulo você lerá:
- "Embarque Próximo"

- Cantada na alfandega
- "Me dá um?"
- "Sorry?".....




BJO, quem quiser pode falar comigo por Skype: Sacha Palma, não, não tem duas no Brasil, prometo!

2 de março de 2011

Sacha retorna de novo.

Referente 01/03


Eu retorno frequentemente, tipo, a mim mesma. É....nem sei porque disse isso, você nunca vai entender, ok.


Vô tentar escrever uma paradinha aqui, vamos ver o sai? Opa!




Não,
Realmente não adianta viver de felicidade passada. Eu vivi, foi bom, foi ótimo, foi feliz, foi difícil, foi sofrido e o que há de diferente entre o passado e o presente? Em relação a isso, nada. E foi hoje um dos dias que percebi isso de novo, como é bom me sentir eu mesma de novo. Passei tantos anos contando as glórias que já não tinham nem mais rastro, ou graça, ou qualquer importância. E sabe de uma coisa? Eu posso voltar a sentir e ser a "mesma" coisa, em tempos atualizados. E olha, está sendo ótimo. É ótimo saber que eu sei, sem me questionar, porque sempre que eu me questiono, ai eu erro. Eu voltei a ser malucamente-repentina-impulsiva-de-forma-maravilhosa. E isso até agora, só me trouxe boas surpresas, tranquilidade, felicidade e paz interna.


Volto a brilhar e não me importo com mais nada além do que eu acho que é importante: amor, corações. E pronto, o resto.... O resto quem gostar, quem me amar, quem me quiser bem, VEM COMIGO!






Bjooo

Dia 28/02 - O Inferno e o céu

Manu, olha que nem sei por onde começar ou por onde terminar. Mas é basicamente essa parada:


SÃO PAULO PAROU, e não foi o PCC, porque se fosse eu tinha chegado mais rápido na faculdade pra matar os calouros.


Cheguei na faculdade, galera já miada e bêbada ainda dando pra dar uma zuadinha da cara alheia (22h10). Bom, não deu outra, fiz uns ficar com ódio da minha existência (normal), dancei funk menos do que gostaria, pouca gente interessante. Mas AMELHOR parte é você encontrar com gente que se faz de louco, e tá bem bêbado, achando que eu não manjo qual a dele e faço ele pagar mó papelão. Meu último ano, eu mereço fazer isso com qualquer um que entrou depois de 2008, é meu dever como veterana!


Dae firmeza, troca umas ideia, dá selinho triplo em amigas de tchau (?) e vamo que vamo. Dani desova eu e Carol no meu humilde ap., e nóis muito das elétrica. Eu apresento a Carol pro porteiro, porque ela (lê isso e meu twitter e meu face) e sabe que eu troco ideia de madruga com os porteiro e sou mó camarada. Ai a gente senta na churrasqueira, troca uma ideiazinha e sobe. 


"Mãe, a Carol vai dormir aqui, a gente vai dormir juntas no quarto do Yuri (irmão) porque a Carol quer ver Ti-ti-ti que eu gravei"
-"Mas vocês vão dormir na mesma cama?"
"Claro!" ...tipo, como se fosse a primeira vez né? 


Vemos Ti-ti-ti aloprando tudo e não contentes, cantamos, dançamos e gargalhamos com músicas de Glee e nossa vida medíocre. Como eu senti que todas tava acesa, resolvi tomar meu remedinho pra dormir e partilhar com a Carol. Todas capotou, morreu, delicia.


Acordo, Carol morta diz "O que você me deu ontem a noite, to morrendo de sono?"  Manu, a gente foi dormir pelo menos umas 4h, oi? Dae eu já coloco O Clone do dia anterior, ela se anima, nóis assiste, ela parte e todas feliz.




Bjo.

A Ressurreição

Fiz contas, eu já aprendi. E notei que devo 3 posts novos por cada dia perdido, porque se não eu largo logo a mão e aê fodeu!


Então esse será referente ao dia 27/02 do qual eu não lembro o que eu fiz.... MESMO, calma....Vou ver no calendário que dia da semana foi... Ahhh foi domingo! Muito bem, mas vamos começar pelo sábado e o meu fantástico dom de atrair coisas estranhas.


Eu atraio coisa estranhas


Sábado, show dos Backstreet Boys, a pequena criança finalmente realizará seu sonho de ver de "perto" o Nick e GRITAR todas as músicas. 
Preciso dizer antes de continuar: quando eu vou parar de foder minha garganta gritando?
Ok.
Eu + a minha irmã surtada + minha prima com 100.000 alergias que eu as declaro (porque sim, sou médica) psicossomáticas. Dae, minha prima já sai de casa falando de febre, pra eu não encher o saco dela e algo sobre eu calar a boca. E a minha irmã surtada apóia, porque ela é chata, dã!


Bacana, começa a ter indícios de que o show vai começar, a minha prima já começa a morrer, vou resumir dizendo: ela nem viu o show, ainda bem que ela viu eles no auge e eu não, né? Tá....


Bom, metade do show eu me joguei no meio de um monte de gente que cheiravam a misto de suor, azedo e o MELHOR, chulé, MESMO! E ai vem que, né.... eu sempre nas melhores. 
Há duas pessoas de chegar na grade e ver se o Nick é mesmo gato, um mano jow anão e feio ficava, que ficava atrás de mim e saia por nada. Eu ia pro lado, ele ia; eu ia pra frente, ele ia...êeee má que caraléo! Dae, quando eu já tava me enchendo e pensando na possibilidade de um barraco, a mina atrás de mim (ao lado dele) chega no meu ouvido e diz EXATAMENTE ESTAS PALAVRAS: Saí da frente dele, esse cara atrás de você tá com o pau de fora.


Em uma situação dessas 1º passo: passe a mão na sua bunda e certifique-se de que não houve contato viscoso, checado! Eu até poderia falar o passo 2 se a moça que me avisou não tivesse dito pro cara sair de lá, que ela sabia muito bem o que ele tava fazendo e taus.. e o mano, assumindo o ato, saiu fora na hora antes que todas as muié e bicha matasse ele, né? CUZÃO LOUCO!


Ai, logo depois (porque só depois disso a minha irmã poderia me ligar, claro), minha irmã liga falando que está num lugar bom e taus, colo lá. Ok, vemos o show e todos feliz! Certo? Fail!


A gente resgata a minha prima com 39,5º, família já fofocando que ela tava morrendo e tipo, culpa do show (Oi?)...enfim. A minha tia resgata ela, leva pro hospital (infecção urinária, eba!) e eu fico até quase 3 da matina trocando ideia com o meu primo (tipo, o irmão dela) até ela chegar. Ela chega, lê os exames, eu vou me deitar e meu primo diz: Vou levar a Dani pro hospital, ela tem alergia ao remédio, tem que ficar internada. 
Dae ela vem, me traz o gato (porra, legal), mas o gato causa que nem uma criança louca... 


Resumo: Sacha dorme nada, come nada, faz nada, chega em casa tenta morrer na cama só com a força da mente, até que é despertada: Preciso dar dicas e conselhos (não amoroso) sobre Buenos Aires para uma amiga. Ai, eu assisto BBB, fico feliz e morro.


Bjo.

26 de fevereiro de 2011

Insônia fode!

Tá, verdade seja dita, eu não ia postar hoje, na verdade já tinha até me despedido no Face, mas né... a pessoa passa o dia todo tombada e é só chegar a noite e deitar que começa a batucar, pensar, mexer as patinhas prá e pra cá e sei lá. Então, como já tô medicada e demora uns 20 ou 30 minutinhos para fazer efeito, eu vou postar uma das coisas que eu estava pensado lá na minha caminha.

1) Sabe como é, parece que a gente precisa se foder muito nessa vida pra manjar que vai se foder mesmo, então vamo foder a vida. Tipo eu, me fodi com o imbecil que fez eu ficar perdendo o meu tempo, daê me brota um argentino louco (todos broxa) e me aparece o cara do bolo, PORRA! Quer dizer, nada de porra... mas manu, que ódio! Dae como eu gosto muito do mundo, sou brasileira, aquariana, curintiana e moro na ZL, a bichinha desiste jamais!
Eis que descubro os mecanismos de deus pra te foder, e sabe, depois que eu entendi que resolvi fazer aquilo que disse lá no começo.
O mano, delicinha, um querido, me chama, eu vou, COMPARECE e ainda é um mano, delcinha, um querido e que tem namorada. Éeeee, ele tem, sempre foi assim... eu não quis mais ficar com ele justamente por isso, mas manu, quem te garante o que nessa vida? Então, faça o que vc quiser, seja REALMENTE você mesmo e vamu tudo fude com esse sistema (até pareço um@ d@s revolutions falando, né? rs).

2) Eu fiz hoje a minha primeira letra pensando ESPECIFICAMENTE na banda... é Sacha tem banda, Sacha não, porque Sacha não é uma querida. Sacha é meu pseudônimo, quem tem banda é Elle. E ela escreveu, TÃO meiga a música, uma mistura louca entre as letras da Amy com as The Runaways, enfim... Só a bagaçeira, é disso que o povo gosta é isso que o povo vai ter. 
Porque assim, se eu chegar lá na parada (aprendi a falar PARADA com o bisso do BBB), de banquinho e violão.... HELLO!! Que sem graça.... Seria MUITO Sacha... Tem que chegar quebrando a banca, dando voadora e dizendo "hello world i'm wild girl" e pronto, é "faca na cadeira"!!!

3) Sacha amanhã chora, todas chora... Show dos meus MAIS do que queridos Backstreet Boys e pela 1ª eu vou conseguir ir!!!! Aweeee, claro com a ajuda do cartão da minha irmã, mas o importante é q eu vou ver o Nick Carter de pertinho, mandar beijinho, chorar, gritar, e dizer "fuck me" e ser ALOKA! Ai nessa hora a minha irmã, vai me dar um perdido, pq agora que ela não é mais "do teatro", e ela tem vergonha de mim. Eu só tenho vergonha de uma coisa nessa vida....calma, tô pensando... ahhh tenho vergonha de porra nenhuma! Desculpa galera, baxo a Dercy em mim, sorry... Prometo que na próxima procuro um centro de umbanda mais próximo pra gente dá um jeito nesse povo todo que mora aqui dentro de mim. Afinal, eu não faço parte do filme "M.I.B. Homens de Preto", né? Nem sou Fernando Pessoa... enfim.

E pronto, valew pela sessão terapia da madruga.

Bjos e não falem comigo, eu sou chata!

23 de fevereiro de 2011

Caravana Orlando/Bogotá/Orlando e irmã surtada

Oi,


tudo bem?


Meu nome é Sacha e tenho 22 anos e quero jogar a minha irmã pela sacada decorada dela, ela tem 27, por sinal. Não que não ame a minha irmã, eu amo, amo tanto que não suporto. Mas tá, uma hora ela aprende, não aprende? Diz pra mim que ela aprende? Grata.


Então, a Caravana se reuniu no doce lar de grande família em um prédio em Tamboré e quero deixar bem claro, só respeito quem mora em São Paulo, BJO!


Depois das grandes informações erradas trocadas entre minha irmã e seu marido, uns 20 minutos andando que nem uma tonta e tomando chuva, eu acho o carro, em meio ao transito de Alphaville, que consegue ser mais irritante do que o do Tatuapé, OU de SP toda...não sei.


Vamos seguir com a reunião usando palavras chaves ou se você preferir, palavras mágicas:
1 - Cachorro num puta calor de moleton > palavra chave: Minha irmã
2 - Apresentações em Power Point com direito a vídeos e enrolação > palavra chave: Meu cunhado
3 - Criança com DDA no meio do Power Point > palavra chave: Fêfe
4 - Pessoas entediadas com conversas paralelas discordando de tudo > palavra chave: Vera e eu


Sem contar na falta de modos ao receber umas visitas porra, Habib's já é de pobre, ainda deixa esfriando enquanto nos ENTRETEMOS com o power point? Oi? SÉRIO?


Coisas que descobri depois da reunião da caravana: Sacha não é de ninguém, sacha não tem lugar, sacha é onipresente eeeeee....BEIJOOOOO!

Do Elementar

Pra matar a saudade, uma prosinha crônica poema (poesia?) louca de tudo que começo e não termino de ler.


De que você é feita? De água? Fogo?... talvez ar!?
Não é feita de nada
Não foi feita
Ela foi indo
Nascendo de si própria
Das coisas que viu, leu, rasgou


Constituída de uma dor
Essa dor, sabe
Essa dor que só quem é capaz, sabe que dor é essa
Porque essa dor, é um dos momentos em que
A energia do universo alinha-se com a sua
...Bergson entenderia.
Ela não está pronta
Ela está lá, aqui, e nem está... vai saber?
Ninguém sabe onde ela realmente está


Você pode prende-la 
Dentro de uma caixinha
Deixa-la no escuro
E quando abrir
Seja quando for
Ela certamente, não estará lá.




Ela é o elementar.

22 de fevereiro de 2011

Da arte de viver a vida (Manuel Carlos #feelings)

Eu pessoa que sou, pessoa que sempre fui, ao longo dos anos acumulei sábios conhecimentos que irei compartilhar com vocês, reles mortais. Espero que apreciem com moderação e dêem o devido valor:


Os 10 mandamentos de uma Metamorfose Ambulante:


1 - As pessoas VÃO falar mal de você e farão crueldades com você, nunca se vingue, eu sempre dei risada depois sem mover minha busanfa do sofá. A verdadeira vingança bacana, é aquela onde prova que aquela pessoa era uma merda mesmo e se fodeu sozinha, previsível!. 


2 - Paixão é paixão, estar afim é estar afim, lance carnal é lance carnal, química é química e amor NÃO é nada disso. Entendeu? Não confunda as pessoas, não saia por ai namorando na primeira semana e dizendo "eu te amo", a pessoa acredita, não faça!


3 - Não pague faculdade, não vale a pena


4 - Tudo SEMPRE pode piorar e muito, mas se você estiver na fossa, curte sua fossa, assim ela vai embora logo e tudo melhora, porque melhora, se não melhorar se mata.


5 - Independente do grau de parentesco, é SÓ uma convenção social. Se nêgo te fode e é teu irmão, tia, primo, vó, sei lá que porra, não importa... Te faz mal? Saí fora, se salva filhote! OU tenha sangue de barata.


6 - As aparências não enganam elas iludem e fodem com a sua vida. Cuide SIM da sua imagem e reputação e saiba o que dizem sobre você, porque não adianta você se achar a Marilyn Monroe, e todo mundo achar que você é uma biscate baixa e filha da puta.


7 - Por favor, não minta, sobre você, não minta. Nem para si mesmo, não vai te levar a lugar algum além do que você está.


8 - Se entregue, arrisque, fale quando achar que deve e se cale se não sabe do que está falando.


9 - Faça as coisas por amor, mas se a razão estiver CLARAMENTE dizendo que vai dar merda, não faça, tá?


10 - Todos nascemos sozinhos, temos companhias, pessoas com quem compartilhar: família, amigos, marid@... Não importa, você ainda é sozinho. Só VOCÊ é responsável por si, pelo seus atos, pela falta deles e principalmente, o caminho que trilhou e irá trilhar. Ninguém pode fazer seu vestibular por você, ninguém pode acordar todo o dia e trabalhar por você. Lembre-se: Você é e sempre será sozinho, e tudo bem. #todoseh




BJO da Tia!

21 de fevereiro de 2011

Episódio de hoje: Gosto Muito do Mundo

Mas as vezes eu não gosto MUITO do mundo, mas isso fica para outro post.

Eu gosto MUITO do mundo por três motivos (eu acabo de esquecer um, mas até o fim espero lembrar)

1) Eu gosto muito do mundo quando você vê aquela vaca da sua escola, que era da sua sala... sabe aquela recalcada invejosa? Essa mesma, que só conseguiu pegar tanto (ou não) cara quanto você depois dos quinze porque começou a ir em micareta (todos faz careta)? EXATAMENTE. Ai, o mundo gira, o tempo passa, a INTELIGENTONA, vai pagar faculdade, e a garota problema aqui, vai fazer federal e olha, bjo por pagar a minha faculdade, viu? BJO! Mas como eu gosto MUITO do mundo tem mais. Passa mais uns anos e a GOSTOSONA, se forma, porque, né... Ela entrou na particular antes pra já começar a pagar antes a minha faculdade e ai, o ser humano, tem a capacidade de fazer eu gostar MUITO do mundo. Por quê? Momento discrição porque não quero ser acusada de nada:

1,55 cm
pelo menos 75kgs
A MESMA CARA DE QUANDO TINHA 11 ANOS
E o MELHOR, vestido laranja amarelado que brilha sei lá como
MELHOR: A cara brilha MAIS do que o vestido
E o BRAÇO dela chama mais atenção do que as teta de gordura (pq só assim pra ela ter teta)
Resumo: GOSTO MUITO DO MUNDO

2) Ainda nos tempos remotos da 5ª série, existia um menino muito bonito, com um nome maldito e que ainda bem parou de me perseguir (mas ninguém mais me persegue....), de um signo maldito, que todas QUERIA. Eu, pequena criança, também queria aquele loirinho (loiros, sempre eles, malditos). Tudo bem, como tudo nessa vida, o loirinho maldito também me quis e até quis namorar. Pausa: Quem quer namorar aos 11 anos?????? OI?
Voltando.... Você re-contra o loiro maldito aos 14, pega; aos 17, pega and é bulinada; aos 22 ele descobre que você está solteira e pensa: Ah, agora vô me dá bem, não é mais virgem, não vai ficar de frescura, finalmente vou traçar. Incapaz que é, em menos de 10 min de conversa me manda: Liga a webcam. uaheauehauheauheuaheuhauehauheuaehuahuehua sim, eu comecei a gargalhar, sabe por quê? Você vai entender na minha resposta: Sério que você namora há sei lá quantos anos, fica escrevendo coisas de jesus no orkut, e ainda tenta come a mesma mina há 11 anos? MESMO? Vai ficar querendoo!!! BJO!
Resultado: Gosto MUITO do Mundo

Viu? Lembrei! Bazzinga!

3) Ai eu gosto MUITO MUITO MUITO do mundo, porque eu descobri ainda pitica, no ensino fundamental, que quando a gente é bonzinho e reza pro papai do céu que nem a Xuxa me ensinou, as coisas boas retornam. Essa história demora a vida pra contar e isso aqui não é Skype, dae eu vou resumir da forma mais esdrúxula que eu encontrar.
Eu, 16 anos, gata como sempre e ainda magrinha. Festinha da amiguinha (Portuguesa) da escola pública que eu estudava, na casa dela, ÓBEVEO. Dae, cola o vizinho da frente, Chileno.... ai cê já pensa "carai, tô drogada ou o mundo tá rodando rápido?" Não, isso é SP. Ai fiquei afins do chileninho, ele de mim, mas sei lá pusquê não peguei o chileninho. Ai um dia ae, agarrei o chileninho do nada, dei um pega saí fora, mas tô afim. 
Ai uma vaca da escola me fode contando mentira, ai o chileno não me quer mais. Ai eu vou na casa do chileno e WOW, de onde saiu esse abdômen? E o peitoral? Tô passando mal, mas tenho que me explicar pra salvar ele pra mim, né. Não salvo. Ele diz que acredita em mim, mas não salvo. 
Essa merda já tá grande de mais e ainda tem MUITA história, vou esculaxar mais um pouco...
Dae perco contato, filhote casa, descasa, é amigo do irmão do falecido (na época atual) = climão. Vira falecido, chileno, volta para o chile (que bom, né?) e seis meses depois.... tô eu aqui, flertando com o Chileno de quando eu tinha 16 anos, que já casou, desquitou, amigo do irmão do falecido (q não era) e GOSTO MUITO DO MUNDO! 

Porque a moral da história é, como diria querido e saudoso Sérgio Malandro: "A vida é uma roda-gigante, cheia de altos e baixo, vômito, reviravoltas e retornos"

BJOOOOOO