31 de dezembro de 2005

Dias trinta e uns

>>Pensa: Tudo o que penso está aqui, ou quase tudo
>>Sente: Minhas penas tem uma mania horrivel de dormir
>>Sonho do dia: Ver coisas limpas


! Espero que vocês estejam com a pança bem recheada, com a boca bem molhada e tenham acabado de sentar em suas cadeiras porque se tu ler esse post até o fim, vai precisar desses itens, pois ele será grandioso! Vou começar por um texto meu que eu escrevi ontem, ai vai:


Saber


Queria saber pintar, para poder mostrar a todos as coisas que vejo. Rostos de mendigas belas, meninos “lavando” pára-brisas à noite em troca de dez centavos, homem bêbado na esquina e esse não é o seu primeiro porre, isso ocorre há anos e anos. E ao lado de tudo isso o metro quadrado mais caro da cidade metropolitana. Entra ano e saí ano e parece que as pessoas não percebem ou não fazem a mínima questão de se darem conta que luzes piscando, maquiagem e comer cadáveres que nada disso importa. E o que importa ninguém dá importância. Quer saber o que importa, né? Viu, nem tu sabes o que importa. É mais um igual aos outros, mas como não sou egoísta e tenho tanto o que importa que até transborda eu te falo: Amor.
Tu deves me achar uma tola para dizer isso. Tu também acharias tola as minhas telas se eu pintasse. Mas pra mim tolo é ti que não sabe amar. E pensa que “Eu te amo” é para receber “Obrigado”. Tenho uma noticia pra ti, não é. E eu lhe digo que és tolo no mérito de amante – eu posso lhe acusar de tolo, por não ama. Eu amante de mim e de tantos outros, muitas vezes mal compreendida lhe digo que é tolice essa superfie. E que a realidade é tua, mas não minha. Eu que vivo em um mundo paralelo te digo que é tão tolo o seu mundo pra mim que por diversas vezes quiseram que eu pegasse o ticket e entrasse, mas eu rasguei antes.
Eu que acho que a gente devia estar sempre do lado de quem mais ama e passo maior parte do tempo do lado de quem tenho que estar posso lhe afirmar a importância de amar. Se tu não me entendes, já sei porquê. Tu não amas, é que nem os outros, vive na superfície. Eu vivo imergida nas coisas que me tocam e embebedada nas loucuras da mente.
Eu não nasci em berço esplendido, nem tive chocalho banhado a ouro, não tenho dinheiro pra dar e vender, mas à mim tenho a coisa mais importante, o meu amor, não o amor que as pessoas dizem sentir por mim e sim o amor que dou todos os dias, a todos que passam por mim. O amor que sinto pelas pessoas desconhecidas e para as pessoas que já foram. Se pudesse, abraçaria todos. Se pudesse, conheceria a todos e os contaria como é bom amar e que Deus, Deus... Não foi Deus que me trouxe amor no coração e sim eu mesma e diria ainda - para ser polemica – que Deus é fruto da imaginação dos fracos de mente e coração. E que não é pra tu se sentir ofendido ao ler isso, porque tu deve crer em Deus, mas quero que tu penses: se sem Deus as pessoas são más, como ela que escreve tanto do amor e o conhece tão bem não crê em Deus? Talvez meu caro, Deus seja só um símbolo pra tu crer que não está aqui à toa e eu não creio em nada, porque sei que se amo, já não estou à toa!

Agora vamos para o meu balanço final de 2005!
(não posso deixar de fora esse clichê que eu gosto)

É, 2.005 passou, ainda me lembro quando entramos na moda 2.000. Posso dizer que em 2.005 fiz MUITAS coisas. Comecei aluas, fui presidente do Grêmio (talvez minha maior frustração), fui acusada de coisas que não fiz. Conheci muita gente bacana e que vale a pena. Brinquei muito, falei várias bobagens, criei novas teses, novos medos, outros, antigos enfrentei. Tive novas idéias, fiz um bocado de gente rir até dar dor de barriga. O ano de 2.005 foi produtivo, mas espero que 2.006 seja mais. Nesse ano que acaba hoje me iludi, devo ter iludido alguém sem saber, fui pra “balada” e aprendi a amar o meu jeito critico e sincero e a lhe dar melhor com ele também.
Fui uma única vez no teatro esse ano e essa parte é péssima. Tenho que ir no mínimo umas cinco vezes ano que vem. Perdi shows imperdíveis, passei vontade, matei outras. Reconquistei muita gente, que eu, pensava que nunca mais conseguiria ser “amiga”. E outros que antes me detestavam passaram a me adorar. O que eu fiz? Nada, fiquei na minha como nunca antes fazia. Acho que esse deve ser o segredo. Só ainda não aprendi a ser mais racional, quer dizer, melhorei, mas ainda estou longe do que gostaria.
Nessa ano de 2.005 decidi, vou ser escritora e ponto. Descobri que não tenho estilo padrão e que o meu estilo sou eu mesma. Ganhei uma pelúcia nova, é a marida do Pequeno Joey, mas ela ainda está sem nome, preciso bolar um pra ela.
Em pensar que daqui um ano estarei quase com 18 anos, olha isso faz minhas pernas tremerem! Mas vou aprender a lhe dar com a idade, espero.
Não fiz nenhuma meta pro ano que vem, só quero realizar antigos sonhos como: conseguir um emprego, comprar uma guitarra (verde), fazer voluntariado em algum hospital com crianças com câncer (promessa antiga), aprender a andar de skate, aprender a surfar, e ver o que é preciso para eu ser uma escritora de fato e voltar pro Yôga que meu corpo agradece!

Eu avisei que o post seria longo!

Hoje:

Após crise medonha de ontem, estou calma hoje, apesar de acordar com sonho tri mega medonho, mas já o superei. Domingo volto pra casa da minha Titia querida (Tia Lena) e segunda-feira dia dois de janeiro vou viajar. Então, acho que novo post só depois do dia seis. To bem, to calma, ou tentando me manter. O futuro a Joey pertence e tudo que disse no instante já é passado.
Só me resta dizer:
Que venha 2.006!

16 de dezembro de 2005

Isso é escrever

>>Escuta: Vero - Maria Rita
>>Pensa: Estou ouvindo demais essa música :P
>>Sente: Dor de cabeça
>>Sonho do dia: Comer chocolate



Não tenho dó de mim ou dos meus pensamentos tão conturbados. Não tenho medo de dizer que amo, na minha terra isso é bonito e não sinônimo de vergonha. Não vou mudar agora, assim do jeito que tu acha que será. E não vou desistir de sonhar, mesmo que cuspam em mim, não vou deixar de acreditar. Chamem-me de burra, de coitada, podem dizer o que quiserem, isso já não me importa mais. Essa futilidade, essa beleza padronizada, isso não me atingi mais. Tu podes me achar uma nova hipócrita maluca, contraditória, metida à escritora, também não me importo. Nesse exato momento do fato a única coisa que me exige a atenção e é claramente preocupante é a minha vida a mim. É como quero ou não levar minha velhice adiante. É como eu acho que faz nexo ou não toda essa coisa do meu exagero crônico na veia. Fico imaginando como todo esse branco da folha me incomoda e como essas declarações de amor me deixa zonza. Foi o meu tempo de admirar, admirar os seres humanos por eles serem essas coisinhas fabricadas e todos padronizados. Eu fujo da regra, me incluo nos sem padrões. A minha vida fictícia faz muito sentido a mim, os meus valores me faz muito sentido. As cores fazem muito sentido junto às palavras e músicas, tudo faz muito sentido. Mas essa mania de padronizar, a mim não convence. Não gosto de coisa organizada, nem da loucura dos terráqueos de quererem tudo sempre igual. Talvez eu não seja mesmo desse time daqui. E nem de nenhum outro time e queres saber? Eu também não ligo a mínima. Não sei onde tudo isso vai parar e nem se um dia hei de crer em tudo o que escrevi. Claramente pra mim, aqui sei que nada basta além de fatos. Quando se tratar de verdades ou mentiras, deixe comigo, me encarrego de fabricar as minhas. Poupo o seu trabalho do padrão.E me sinto péssima quando não sei se tomei uma atitude certa. E lhe digo, só quero escrever sem saber porque, escrever o que vier à veneta. E quero dizer a todos que um dia me disseram que eu os esqueci: não me esqueço de ninguém. E quero dizer também que meus dedos às vezes gelam e ai me dá cada vez mais vontade de escrever e eu não sei porquê. Mas sei que sou capaz de interromper minha criação pra conversa rápida. Quis lhe dizer hoje, ontem e mais em alguns dias atrás umas coisas, que nem eu sei bem exatamente o que. Acho que queria dizer abertamente sobre o que sinto por ti, mas os meus tombos não permitiram, me fechei. Não sei se fiz bem, mas agora que comecei, continuo a guarda-los para mim. Mas só queria dizer que me sinto bem com você, de uma forma geral, direta e feia, é isso: me sinto bem com você. Isso também não quer dizer que lhe ame, ou que eu queira sentir o gosto do teu perfume. Não quer dizer que quero que tu também sintas isso, não precisa. Só quer dizer que gosto de tua companhia. Um certo dia desses, eu estava imaginando como seria nós dois juntos. Será que sairia bonito no retrato? Besteira minha, sei que tudo é passageiro, mas gosto de ficar mudando os rotos dos retratos, gosto de imaginar coisas, mesmo que sejam assim, simples besteiras de uma mente que não tem nada demais interessante pra pensar. Ou que não quer ter, pois tem medo do que pode surgir. Ma no fundo é só uma mente esperançosa que quer dar certo e ao mesmo tempo sabe que não vai dar, nunca vai. Escrevo porque sou trouxa e todo o trouxa escreve, porque é tão insaciável que precisa de papel para as palavras que transbordam. Escrevo porque descobri que quando escrevo mostro que sou menos burra do que aparento e mais idiota do que se pensa. E como todo o escritor, escrevo pra dizer as coisas que sinto de uma forma que só eu mesmo entenda na esperança que alguém entenda, mas sempre temendo o entendimento. Porque se entender, é porque não conseguir disfarçar tão bem tudo o quero dizer. E devo disfarçar para não assustar mais do que assusto.


Muito acontecimentos? Talvez.

14 de dezembro de 2005

Brinquedos de madeira

>>Escuta: 51 - Tequila Baby
>>Pensa: Aíiii, esses dias que se passam
>>Sente: Talvez o tempo não é tão bom assim
>>Sonho do dia: Um pouco mais de ação


Orvalhos. Observaram meus dias, minhas horas que fugiram e se recolhem quando eu parto. Incrível, parecia verdade, verdade de sonho, daqueles bem longos e conscientes. Sonho de uma noite de verão que fora tão bom que até em sonho parecia-me surreal.
Brinquei de ser criança em quartinho de empregada que nunca vi. No sonho também cantava Chico, que parecia canção de ciranda. Sorria com tanta facilidade que até nem doía às bochechas, como geralmente ocorre.

Escutei abrirem a porta, olhei. Era um garoto, assim, criança como eu. Talvez um ano vai velho, deveria ter seis anos. Ele era clarinho, doce, sorriso meigo e cabelos bem cortados. Olhou pra mim e perguntou se poderia brincar comigo e que não achara mais nenhuma criança pelos outros cômodos do apartamento. Eu, logicamente feliz por achar outra criança, logo sorri o meu sorriso escrachado dizendo - Venha cá!
Ele se sentou ao meu lado, olhou-me com aqueles olhinhos pequenos e brilhantes e começou a brincar comigo.
Houve um momento em que nossas mãos se encostaram (queriam nos ver juntos) e como mamãe sempre me ensinou a ser educada, disse rápido repelindo – Desculpe-me! E ele ao mesmo tempo disse a exata palavra e fez o mesmo gesto. Sorrimos e continuamos a brincar com os tocos de madeiras pintadas de cores diversas e a montar várias formas: carros, parques, homens, animais.
Mas estava faltando uma peça, uma pecinha vermelha, onde estava?
Começamos a procurar, sem ela a casa não teria chaminé, não ficaria completa e nós não ficaríamos satisfeitos!
-Achei!
Os dois disseram juntos e corremos em direção a ela. Quando nos abaixamos para pegá-la nossas testas se beijaram e sem querer e sem saber o que aconteceria, nossos lábios se encostaram e um sentiu o calor do outro. Ambos sem saber o que havia acontecido direito nos separamos rápido e ficamos nos olhando. Esperando que algum de nós dissesse algo, mas eu realmente não sabia o que dizer e se soubesse não saberia como. O calor dele era bom. Só nisso que pensava. Ele olhou para baixo, desviou meu olhar e saiu pela mesma porta que entrará de cabeça baixa. Antes de cruzar o batente da porta olhou para trás lentamente, ergueu a cabeça e disse olhando pra mim, nos meus olhos:
-Agora tenho que ir. Foi bom te conhecer.

13 de dezembro de 2005

É tudo vero

>>Escuta: Vero - Maria Rita
>>Pensa: Ummm, será que vou nessa acolação?
>>Sente: Que bom que tem
>>Sonho do dia: Passear no Ibirapuera em um dia de Sol em boa companhia



No momento é tudo o que sinto ou gostaria de dizer, mas já disseram por mim.


Vero
(Composição: Natan Marques E Murilo Antunes)
Maria Rita

O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
mas nem só beleza eu vi

Vi cidades degradadas
pessoas desamparadas
nas grades da solidão

Fogo nos campos nas matas
queima de arquivo nas praças
chovia nas ruas do meu coração

O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
mas nem só beleza eu vi

Vi cidades turbulentas
chacinas sanguinolentas
pensei que morava nas terras do mal

Choro dos filhos, maldades
fora dos trilhos, cidades
pensei que sonhava e era tudo real

O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
e a tua beleza eu vi

Vi uma estrela luzindo
a minha porta bateu
querendo me namorar
lua cheia clareava
imaginei que sonhava e era tudo real

Ninguém mais coça bicho de pé
nem ninguém caça mais arrastapé
viva é assim é o que é



Eu ainda amo e tenho esperança
Deve haver alguém que entenda o que digo

9 de dezembro de 2005

No Ritmo


>>Escuta
: Ninfomaniaca - Rock Rocket
>>Pensa: Eu não conheço a Aline, eu conheço outra
>>Sente: Dia conturbado
>>Sonho do dia: Alguém lixa minhas unhas?


Eu assumo, gosto de coisas completamente opostas. Eu assumo que não sou por completa feia e assumo que não sou gorda o suficiente para ser considerada uma. Assumo minha loucura e fissura pelo número onze e paixão por doce. Assumo o meu crime de nunca me vingar e a minha crença nas pessoas. Assumo que amo loucamente e não entendo quem não ama. Assumo que sou completamente inconstante e que minhas vontades são ridículas. Assumo que meus sonhos nunca perduram e que eu às vezes não sei bem porque faço. Assumo que queria ser uma magricela alta e robusta. Assumo que não gosto de gente porca e não ligo de limpar beijo babado no rosto na frente da pessoa. Assumo que já fumei cigarro e que nunca fiquei bêbada. Assumo que pra mim felicidade nunca existirá, mas sou alegre e sempre sou. Assumo que não quero crescer e que tenho receio do futuro que parece tão próximo. Assumo ser criança boba que só quer paz, amor e muitas risadas e às vezes só para fingir ser importante falar de coisas distantes.



6 de dezembro de 2005

Flores rosas


>>Escuta
: Por que não eu? - Leoni
>>Pensa: É bom
>>Sente: Hoje vai chover
>>Sonho do dia: Que só fizesse calor em sampa


Maria Paula

Precisa apenas de uma máquina de escrever, uma máquina de costura, uma vitrola e vinis. É tudo de que precisa. Sem mais nem menos, nesse momento é tudo. Lógico sem esquecer de todos o necessário preciso para usufruir cada uma dessas peças.Já que queres tanto saber, já lhe respondo assim de imediato. Que Maria Paula, ou Paulinha como era mais chamada, não precisa e nem quer um amor. Nem um desses assim, de brincadeirinha de fim de noite. É madura e já não têm mais tempo há perder com garotinhos disfarçados de homens robustos e distintos. Maria Paula quer construir seu mundo. Percebeu que apenas admirar o mundo dos outros e tentar se encaixar neles, não lhe traz nada. Só lhe faz sentir cada vez mais distante de si.Foi então que fez sua lista básica com quatro itens principais e primários para poder começar o seu próprio “mundo fantástico”.Sua lista na verdade é de tamanho extenso, mas dividiu suas metas em grupos de quatro itens. A cada grupo completo parte para o seguinte e assim sucessivamente. Cada item de sua vida vem acompanhado por uma meta de idade. Ela deve conseguir certo item até determinada idade.Um diário está em 50º lugar, pois acha que nessa fase de seu mundo, sua história já estará interessante o suficiente para que os outros escondidos possam ler e admira-la. E assim ganhar cada vez mais novos integrantes sem mundo, assim como ela foi um dia.A casa está em 20º lugar considera importante, porém não poderia estar logo no topo, ela precisa antes de idéias “modernas” para decora-la. E cada vez mais e mais irão admira-la.Uma bicicleta está no 8º lugar, quer entrar em sua casa com pernas fortes e barriga invejável para que possa desfilar sem medo de roupa intima pela casa de janelas abertas sem medo de critica maldosa. No 25º lugar está seu negócio. O tal “Pub” que sonha desde menina e que irá sustenta-la e receber amigos e admiradores.O intuito de sua lista é que nunca chegue no fim, assim a fará acreditar que nunca haverá vontade de morrer, pois nunca se sentiria por acabada. Pareceu-lhe metódica demais toda essa coisa de lista. Até que incluiu em sua lista em 100º lugar o seguinte item: “destruir cada item anterior”.

5 de dezembro de 2005

Só os Umpa-Lumpas são felizes

>>Escuta: 50 Receitas - Leoni
>>Pensa: Mundo lindo e horrivel
>>Sente: Essa coisa de sonho me assusta
>>Sonho do dia: Que o sonho não seja verdade


Meio Estranho

Muito, muito, muito perdida e realmente seguindo sem nenhum questionamento. Estou me deixando levar, porque nesse exato momento nenhum plano que fiz no passado deu certo e nada que sonhei pra mim se tornou real. E eu já não tenho mais sonhos e os sonhos que tenho quando durmo só me trazem angustia e desespero.


50 Receitas

Leoni

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida, mas ainda é dificil deixar qualquer luz entrar.
Ainda sinto por dentro toda dor dessa ferida, mas o pior é pensar que isso um dia vai cicatrizar
Eu queria manter cada corte em carne viva, a minha dor em eterna exposição, e sair nos jornais e na televisão só pra te enlouquecer até você me pedir perdão
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer e só me lembram que nada vai resolver, porque tudo, tudo me traz você e eu já não tenho pra onde correr
O que me dá raiva não é o que você fez de errado, nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado, nem seu jeito fútil de falar da vida alheia, nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia
O que me dá raiva são as flores e os dias de sol, são os seus beijos e o que eu tinha sonhado pra nós, são seus olhos e mãos e seu abraço protetor
É o que vai faltar. O que fazer do meu amor?!
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer e só me lembram que nada vai resolver, porque tudo, tudo me traz você e eu já não tenho pra onde correr
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer e só me lembram que nada vai resolver, porque tudo, tudo me traz você e eu já não tenho pra onde correr


Não, não tente entender nada que escrevo hoje, pois nada fará sentido. Vejo todas essas palavras de outra forma. Nesse exato momento só quero viver, sem fazer planos, sem pensar no que vai ser de mim. Só quero acordar de manhã e me espreguiçar, só quero levantar da cama porque não tenho mais sono e como porque tenho vontade.

Mais um motivo para ama-la.
Sim, esse corte do menino (filho adotado) é um moikano

2 de dezembro de 2005

Twist and Shout

>>Escuta: Don't Be Cruel - Elvis Presley
>>Pensa: Coisas da vida, baby
>>Sente: Chorar, minha terapida perfeita!
>>Sonho do dia: Só descançar um pouco e ver a Dani


É tudo mentira

Porque nada adianta. Você pode ser bonito, legal, engraçado, inteligente, meigo, atencioso, não ligar pra beleza, ter caráter, mas nada disso importa! Onde está o segredo?
Será que é exatamente o oposto?!
Cada vez mais tenho a certeza de que beleza é uma bela de uma bosta frita. As pessoas se apegam tanto a isso, mas qual o propósito? Que inútil!

Sei que hoje o dia foi MARAVILHOSO!
Último dia do meu segundo ano do colegial. Foi ótimo, mas é triste pensar que não terei meus amigos maravilhosos do terceiro comigo ano que vem, a escola perderá um pouco da graça.
Guerra de bexiga d’água, cadernos viraram pó, brincadeiras idiotas, machucado nas costas, roupas encharcadas, risos, MUITOS risos. Foi bom, bom, bom, bom... Foi demais!
Acho que as pessoas que eu me identificava naquela escola, vão partir. Não sei como será ano que vem. Vou ter que achar outros, para me sentir menos anormal em meio de tanta gente distante de mim.

A vida é doida.

O tempo passa e cada vez mais me sinto deslocada. Sinto e sei que minha mente não é de uma garotinha de 16 anos, mas também sei e sinto que o meu jeito de viver e de ver a vida é incompatível com o de uma garota de 14, ou de 16, ou de 18. Talvez não me encaixe em nenhum lugar, só no meu quarto. Tenho medo dos aniversários, de viradas de ano, medo de ficar mais velha e continuar com os mesmos hábitos de ser boa, e não fazer o que a maioria faz ou já fez um dia. Minhas experiências são diferentes, meus sonhos e metas.
Há quem diga que sou uma menina e que não sei de nada, outros dizem que é normal. Eu sei que não sei e que não quero nada, só que me amem, porque acho que não fazem isso, ou pelo menos eu não sei disso. Poderiam me mandar um bilhete de papel pequeno avisando. Porque sou menina boba e quero abraços e beijos antes de dormir e quando acordar, quero ligação de amiga pra falar besteira.

29 de novembro de 2005

Posso ser sua menina?


>>Escuta: Poser Love - Havana 55
>>Pensa: Nessas coisas terrenas
>>Sente: Frios na barriga (idiota)
>>Sonho do dia: Ummm, bubblelândia?!


A gente espera.

Eu espero minutos, horas, às vezes dias ou até meses. Espero que apareça, que mande recado por amigo distante. Espero telefonema rápido ou demorado. Espero mais que apareça, mas desaparece, sem motivo aparente.


Dia...

Dia produtivo. Muitas aventuras, estréia de peça, branco de pânico, saia justa, mas nada que um pouco de habilidade e sintonia não resolva, ou pelo menos amenize. Dia de esperar, dia de comer muita porcaria, dia de estresse, dia de cólica, dia de sentir calafrio sem saber o motivo.

E depois passar a tarde toda no computador ouvindo música de fossa porque é boba, tentar fazer canções Bubblegum, mas não da muito certo. E ai, ficar lá, sozinha, olhando pela janela, pensando nesse mundão de Deus e como acha que as coisas são ruins e boas. E como gosta e desgosta de tudo aquilo que gosta.
Pensa no cabelo que mudou, mas roupas que não comprou, no garoto de ontem que beijou que hoje não ligou e que sente a falta de tanta gente que seu peito quase explode.
Ajuda amigo que ama (namorada dele), ama e não sabe o que vai fazer se o seu amor não voltar pra ele. E eu penso o que vou fazer se nunca tiver um amor.

...Por essas e outras queria morar
na Bubblelândia e passar as férias
de verão na Toddynholândia!

25 de novembro de 2005

Don't cha wish your girlfriend was hot like me?

>>Escuta: Sugar - Bikini Kill
>>Pensa: Ummm, esse é um bom novo pensamento
>>Sente: Frio no pé direito
>>Sonho do dia: Comer algo descente!


Motivos para gostar da Sacha :::

(Sissa Romona Hanna)

Porque ela é idiota;
Porque ela tem olhos verdes;
Porque ela sorri para as pessoas na rua;
Porque ela é seletiva e as pessoas para falarem com ela tem que passar por um teste não padronizado;
Porque ela canta engraçado;
Porque o humor dela nunca é igual, mas está sempre fazendo piadinhas infames;
Porque ela às vezes parece ser inteligente;
Porque ela não gosta de frio;
Porque ela faz esse tipo de coisa;
Porque ela não tem namorado (uaueuuheueh);
Porque quando ela acorda é mais bonita (sério!);
Porque não gosta de gente porca;
Porque ela não come animaizinhos;
Porque ela gosta de bubblegum e por isso é rara;
Porque ela escreve freneticamente;
Porque cria “teses” quase que diariamente;
Porque ela gosta de conversar;
Porque ela gosta quando as pessoas discordam;
Porque ela gosta de amar e ama amar =)));
Porque ela faz brigadeiro como ninguém;
Porque ela é uma boa menina;
Porque ela é garota pra casar e constituir família, apresentar pro pai, pra mãe;
Porque ela vai ser um dia uma bubble-star;
Porque ela fica olhando a Lua e observando suas crateras fingindo ter boa visão;
Porque ela gosta de ouvir os outros falarem de duas vidas e ajuda-los;
Porque ela esta sempre pronta pra criticar;
Porque ela tem opinião de quase tudo que conhece;
Porque ela gosta de ir pra escola;
Porque ela quer ser uma eterna criança;
Porque ela quer trabalhar, morar sozinha aos 18 e ser escritora;
Porque ela quer ter um filho chamado Joey;
Porque ela nunca diz que é bonita;
Porque ela sempre diz que vai emagrecer;
Porque ela quer saber fazer tudo;
Porque ela é desocupada;
Porque ela faz funk quando não tem nada pra fazer;
Porque ela é MUITO Profeta;
Porque ela ama usar short, saia e regata;
Porque ela fica brava quando fica frio;
Porque ela queria ter 1,75cm de altura;
Porque ela é sensível e chora se brigar com ela;
Porque ela gosta quando dão atenção para ela;
Porque ela não gosta de gente que fica no pé;
Porque ela não gosta de puxa-saco e paga pau;
Porque como ela mesma diz: Eu? Eu sou a Sacha, prazer! =)



A Guitarra

Finalmente achei a cor que digo que quero minha guitarra!!
Issaaaaaa!ehehhe
Quem me dera ter uma dessas, essa guitarra é realmente fodistica!
Obrigada pro Alan por ter me apresentado à ela!
=)))

22 de novembro de 2005

Quase nada

>>Escuta: Como eu quero - Kid Abelha
>>Pensa: Sem preconceitos!
>>Sente: Afobação aguda
>>Sonho do dia: É, quero meu
Buzoni!



Não é que quero, porque simplesmente quero. Eu quero porque eu preciso, eu tenho. E o meu ar acaba, meu peito sufoca, eu preciso!

Como eu quero
Leoni e Paula Toller

Diz pra ficar muda faz cara de mistério
Tira essa bermuda que eu quero você sério
Tramas de sucesso mundo particular
Solos de guitarra não vão me conquistar

REFRÃO:
Eu quero você como eu quero (BIS)

O que você precisa é de um retoque total
Vou transformar o seu rascunho em arte final
Agora não tem jeito "cê" tá numa cilada
Cada um por si você por mim e mais nada

(REFRÃO)

Longe do meu domínio "cê" vai de mal a pior
Vem que eu te ensino como ser bem melhor


E já quase passando mal eu peço arrego, não posso
mais te ver todos os dias e nem ao menos te abraçar
e olhar nos teus olhos. Não posso mais passar por
você sem olhar e tentar fingir que não penso em
você antes de dormir.

Vou enlouquecer.

18 de novembro de 2005


>>Escuta: Telenovela - Havana 55
>>Pensa: Essa minha nova franja pode ser legal! =)
>>Sente: Dia de ver filme!
>>Sonho do dia: Descobrir porque as coisas NUNCA fazem sentido.


Quando não sei o que digo, falo

Quando sinto que chego, fujo. Escondo-me pra esquecer que talvez esteja tudo de bom tamanho, me apavoro em perceber que talvez esteja bem. Gosto da procura incessante por algo que não sei se irei conseguir. Será que algum dia alguém cessa essa minha euforia pelas coisas difíceis? Talvez. Mudo o cabelo, maquiagem, roupas, jeito, idéias. Virou outra, uma, nem tão outra, ou quem sabe completamente outra, mas um alguém mais novo e velho. Novo porque não havia e velho porque são idéias amadurecidas.

“Perco idéias, me irrito. É como se perdesse uma vida a cada idéia perdida”.

Sempre que parto, deixo algo pra trás. Às vezes isso me leva a caminhos nunca sonhados, ou me deixa em completo abandono, só eu fico e permaneço por alguns dias, às vezes meses. E sinto a metamorfose dos seres humanos na pele, faz parte do cotidiano. Olho a beleza das pessoas na rua, faz parte do meu cotidiano. Analiso cada palavra, contexto, ato, tom de voz e performances. Um dia ficarei louca com tantas teses insanas, sei disso você não precisa me dizer.


Adios

9 de novembro de 2005

Somos Todos Gaijim


>>Escuta: Zum-Zum-Zum
>>Pensa: Garotos onde estão? Estou sólita!
>>Sente: Frio, de novo não!
>>Sonho do dia: Mais uma vez Sol!


“Um pouco de café e cigarros, alguns olhares e insinuações ridículas e é apenas mais um domingo. Adoro lhe ouvir cantando aquelas canções de ninar, canções de fazer pensar, canções que me fazem lembrar. Só mais um domingo, apenas mais um dia.”


Como eu costumo dizer, “prefiro morrer assassinada por uma causa a morrer dormindo em uma cama quentinha”, e isso deve fazer sentido a alguém, não só a mim, mas a mais alguém que eu não sei o nome nem o endereço para que eu possa mandar um telegrama. Minha mãe disse que nada disso dará certo eu já não sei se vai dar certo, mas vou fazer. Vinte quatro horas são do que preciso para descobrir o que devo fazer, ou o que acho que é mais insano. Todas aquelas coisas, aquelas letras que eu me perco. Todo aquele rum seco e mal destilado me deixa tonta e sinceramente não me preocupa, estou tão longe de ser uma escritora descente que isso nem me preocupa. Preocupa-me essa tua preocupação de se preocupara com tudo que não lhe pertence, que não lhe diz respeito. Nunca quis dizer isso, só pensar, mas acho que você anda se drogando, respirando demais fumaça de caminhão, tentei lhe avisar: isso vicia.
Eu fico observando aquela caixa luminosa, observo aqueles tapetes voadores, aquelas rodas que se movem sem rumo, afim qual é o nosso rumo? Não temos rumo, nem rum – traga-me mais rum.
Trezentos e sessenta e seis dias de adrenalina baixa, oito horas preocupado com a insanidade alheia – manicômio – Estou presa!
Luzes, brancura, choques, distúrbios e eu não sei, não sei. A única palavra da qual tenho certeza de sua existência é não sei. Tentei escapar de mim, estou fora de mim! Estou fora da Terra, agora sobrevôo Júpiter, será que ele me ama? Observa-me assim como eu o observo procurando um porque para tal beleza. Ele é lindo, misterioso, totalmente incapaz de me tocar, só eu posso lhe tocar.
Lá vêm eles, eles se aproximam, são eles com mais um, há mais branco, mais líquido, mais agilidade, estão cada vez mais próximos, me querem, me desejam. Durmo, não sei onde estou só sei que agora durmo, apago-me sigo apenas em meus sonhos que são os únicos que realmente posso confiar. Confiar, confiar, quantos escritores são tão capazes quanto eu? E eles ainda se acham merecedores de prêmios e capas de revistas, detesto todo eles e suas mercadorias, suas economias.
Prefiro meus sonhos, minhas mentiras e verdades, minha mente que dizem insana, ela pelo menos é autônoma.


Texto confuso, doido bem no
meu estilo e relamente antigo,
nem sei de quando...
Mas gostei dele.

4 de novembro de 2005

"Gardena"

>>Escuta: Boys in The Band - The Libertines
>>Pensa: Nas coisas que eu às vezes penso
>>Sente: Leve dor de cabeça
>>Sonho do dia: Ainda tô só pensando na guitarra verde de correia de onçinha


Eu sei que não importa quando tempo passe, uma hora as pessoas sempre vão embora de nossas vidas, nem que demore até a chegada de nossa morte. Mas ainda não consigo controlar o desejo que sinto de saber como vive as pessoas que partiram. Muitas das pessoas me magoaram e eu que fiz questão de me afastar. Outras a vida as levou e algumas...
Bem, eu sinceramente sempre que digo algo digo de alma e coração, por isso hoje em dia tomo muito mais cuidado ao dizer as coisas, pois depois de ditas se tornam definitivas. Lembro de tantos momentos, tantas pessoas, algumas que falei uma vez, outras que só observei. Não sei nem se alguma delas ainda pensa em mim, ou a cada seis meses fuça no meu orkut pra saber se ainda vivo e porque vivo. Creio que ninguém faça esse tipo de coisa como eu.
Sei que todo mundo que faz parte da minha vida agora um dia vai partir, sei que é comum, mas enquanto não partem não consigo me imaginar sem nenhuma delas. Nesse ano de 2005, novas pessoas invadiram minha vida e me fizeram ama-las. Acho que esse ano foi o ano mais confuso, bom e produtivo. Aprendi muitas coisas, mas com certeza apliquei mais minha experiência do que em outros anos.


Hoje, 04 de novembro de 2005 comecei a conversar por acaso por intermédio de um conhecido da escola (Guilherme/Gringo) com um garoto (André). Conhecido na escola como “Gardenal”, fiquei curiosa pelo apelido, foi então que começamos a conversar. Perguntei o porque do apelido e a conversa foi embora, acho que o garoto como eu gosta de se comunicar e foi com a minha cara de sono e meu cabelo ainda não lavado. Conversei com ele por mais de duas horas, talvez até três. Sei que ele conversou tanto comigo só porque me achou diferente e questionadora, coisa que todos tem medo de fazer com ele, mas sim porque havia se interessado por mim por algum motivo desconhecido.

O porque de seu apelido?

Ele tem uma doença que agora não me lembro o nome, mas que a pessoa é muito nervosa, de socar as pessoas! Conversei muito com ele sobre essa sua “doença”, observei seu comportamento, ele estava nervoso quando comecei conversar com ele com a pergunta: Porque te chamam de “Gardenal’?
E ele com as bochechas tremendo e tentando disfarçar o nervosismo tentou me explicar, mas até eu descobrir que era uma doença demorou uma hora e meia. O fato é de que o garoto é muito querido na escola. Um cara simpático, sociável, brincalhão e muito educado, pelo menos naquelas quase três horas.
Fiquei encantada com o jeito dele, doce. Segunda-feira o procurarei na escola para continuarmos conversando.

Talvez ele entre na minha vida. Ele fez parte por um momento dela, se vai entrar na minha vida, isso não sei, talvez se torne um amigo, ou apenas mais um conhecido. Mas sei que um dia ele, como todos os outros, também irá embora. Como amiga de infância que também vai embora, como pai, irmã e vizinho.


E assim se vai
"-se" a vidinha de uma pequena menina

2 de novembro de 2005

Ontem, melhor dia do ano

>>Escuta: Lucky Guy - The Muffs
>>Pensa: Por que as pessoas colocam "Te amuh" no nick?
>>Sente: Falta de chocolate
>>Sonho do dia: Não preciso de mais nada, só das coisas já prometidas!


Porquê o mês ONZE me faz MUITO BEM!

Ir pra escola, ouvir bubblegum na sala de aula, amiga contando o fim de seu relacionamento amoroso e fila pra carregar o bilhete único. Enfim em my house!
Havia decidido não ir mais ao teatro, resolvi premiar minhas amigas (?) Camila e Carol indo ao show no Cerveja Azul. Mamãe por um milagre deixou, afinal o local é medonhamente medonho. Casa do Alexandre (mais conhecido como Xan-Xa’s, só por mim), conheci a adorável irmã dele que por acaso sou mais velha uns quatro meses apenas. Joguei GTA no play 2 dele e após uma hora e meia nos fomos.

No caminho muitas fofocas para serem fofocaiadas, até que chegamos na pocilga.
Aos poucos todos foram chegando, levei bica, me cuspiram cerveja, fiquei semi-depressiva e tudo ficou bem.
Já era quase meia noite e nenhum indicio delas tocarem. Fomos embora. Afinal somos pobres e dependemos de busão!
No ônibus (como sempre) assuntos inapropriados para uma garota tão boa quanto eu, fiquei levemente na minha só observando como os homens daquele grupo agem em bando.
Fim do passeio turístico, retorno a minha “casola”.

A vida é difícil!

Esqueci o mais importante:

- Fiz tudo isso com meu estoque de bubblegum!
- Minha mãe finalmente me deixou trabalhar pelo menos agora no fim do ano no shopping e quem sabe não compro a minha tão sonhada guitarra verde, en?

- Falta pouco para me tornar um Bubble-Grrrl completa!


Umpa-Lumpa pra vocês babeis

24 de outubro de 2005

Faço

>>Escuta: Garota Comunista - Gramofocas
>>Pensa: Quanta ironia
>>Sente: Cabelos molhados relamente me dá coisas
>>Sonho do dia: Falar, falar até não aguentar


Referendo
(
Que coisa feia, en?)

Não gostei do resultado do referendo e fiquei muito triste com esse povo que bem ou mal eu gosto muito. Pelo menos há pessoas que tem sentimentos e pensam que nem eu.

Homem Primata
(Capitalismo malvado)

Já que a vida continua (não sei até quando depois do resultado do referendo), vamos a ela!

Perdi um show ontem que eu queria MUIISSIMO ter ido. Pra quem não sabe me refiro ao Tim Festival em que toco os Strokes e minha irmã que conhecia duas músicas foi, mas como vivemos em mundo capitalista ela foi porque ela tinha grana e eu não fui porque não tinha grana!

Quer saber vocês?

Não me abalei, afinal quando tiver minha banda e ela for fodona os Strokes vão pagar um pau pra ela e eles ainda serão meus amigos. O que é tudo isso perto de um showzinho?En?


Eu

Eu também já percebi que sonho de mais e também percebi que meu nariz ta bonito hoje, nossa, mas que beleza!
Essa história de sonhar muito os signos explicam, eu sou aquário e por incrível que pareça esse é um signo de ar e isso significa que sonha muito (acordado).
Descobri que sou insegura, ciumenta e minha depressão ainda não foi curada e acho que nunca será, mas vamos levando, como diz nosso querido povo brasileiro.

Estou indo rápido demais nas informações?

Ótimo, se acostume porque isso é MUITO de meu feitio.

Refletindo
(Fingindo pensar)

É engraçado como as pessoas tomam rumos tão diferentes e se tornam tão contrários a nós. Amigos de infância que se tornam arrogantes, amigos de colégio que ficam drogados e fazem tatuagens de borboleta e ouvem reggae e pessoas que pareciam que nunca iríamos nos interessar, nos interessamos e ainda acabamos namorando!
Muita gente pode não gostar disso, mas eu acho super legal! Mostra que tudo pode mudar em uma fração de segundos e eu adoro isso. Afinal adoro mudanças e loucuras.

Nenhum tema a ser debatido, então me vou.

29 de setembro de 2005

Grito

>>Escuta: O vento - Los Hermanos
>>Pensa: É, tenho TPM
>>Sente: Que a TPM me deixa mais sensivel do que gostria
>>Sonho do dia: Estar lá


Um grito
Um grito fosco e opaco
Um pouco ecoado
Grito de dor
Grito de saudade de quem mora longe
Grito de quem se faz longe
Mas está bem pertinho
Grito de parto,
De vida e partida
De um novo começo
Um grito de perda
De falsa lembrança
Um grito pra que nunca mais se lembre
O porquê do grito forte.
Grito de quem gosta de dor
Do já feito e meio no desespero,
Foi rápido.
Grito de quem grita sem saber
Grita por vontade
Grita por motivo que esconde.
Ou grito, de quem se sente só
No mundo de um só grito
Que grita por amor
De um alguém que nunca grita
(Machuca o ouvido).
Grito pra quem é surdo, mas sente a vibração
Sabe de onde vem e que pára ali.
Grito pra quem não sabe o que dizer
E ao não saber o que dizer grita pra chama atenção.
Um grito pela paz, pelos fatos.
Grito pro comida
Grito de quem chama alguém no portão
E sem saber porque, o alguém não aparece
Porque grita em casa com parente distânte
No outro lado do telefone
Que grita porque não tem leite no armário.
Grito de fada, como em conto de fadas,
Assim como nas fábulas também há grito
De quem esta longe, perto ou só quer atormentar.
Eu, você, todo mundo grita.
Não se sabe porque, mas a gente grita pra ser ouvido
Pra ter a certeza de ser ouvido
Ou só pra tentar nos enganar pensando que gritando
Ganhamos respeito do povo, que nem no palanque
Em dia de eleição
Quem grita é porque não ouve
E se grita é por medo de não ser levado a sério.

Eu?
Eu grito por ser ignorado
Grito com força de todos esses gritos juntos
Porque se grito é pro meu bem
Bem assim que foge e desaparece
Tão rápido e agudo quanto um grito.

10 de setembro de 2005

Eu amo meu computador!

>>Escuta: The Libertines - I Get Along
>>Pensa
: O que houve pro meu pc estar tão bom?!
>>Sente
: Quentinho aqui e que vai no show dos Strokes, ninguém me segura!
>>Sonho do dia
: Comer trufa de menta



Faze-se tempo

Se de repente tudo se fizesse mentira, e o meu adeus pudesse se transformar em um breve tchau. Assim talvez, tudo se fizesse mais fácil e de uma forma irônica mais verdade e infinito. Poderia contar sobre os fatos ocorridos na manhã passada, os momentos da tarde que foi tirada e a noite de ontem que foi refeita, poderia contar tudo isso. Se de repente o momento não existisse - ele já não existe mesmo - nós que insistimos em cria-lo, pobre momento, nunca deixado em paz em seu leito.
Eu que nunca sei bem porque me dá essas idéias na mente e escrevo de forma tão despojada e frenética. Faz-se em tão o tal momento e viva-te meu bem-querer. De pétalas brancas, rosto pálido e calças desajustadas. Faz-se então um rei, de ninho podre e leito belo, faz-se momento.
E se nada disso tudo fosse verdade e esse nada fosse a resposta? E se os loucos fossem os mais puros e verdadeiros momentos? O que faríamos agora? Sacudiríamos a cabeça de medo ou procuraríamos a farmácia mais próxima? Talvez procurássemos o momento, já que existe sem existir e todo mundo procura, mas nunca entende, seja você então o seu momento. Cria-te meu rei e minha rainha, faz-se flor e água benta.
De repente, nem o meu fato existe, nem minhas letras, nem esses meus pensamentos, afinal como posso provar pensa-los se ninguém os têm? E assim, se faz as mentiras, se não os podem provar como prova-los?
Pensamentos, sempre eles. Parecem-nos tão infantis, inofensivos e fantásticos, no entanto sempre culpados. Juro que não foi eu que os mandei ser assim, não sou eu a criadora deles e nem de seus fatos e momentos. A mim nada disso existe, apenas se aparenta ser verdade, já que também não pertenço a esses padrões criados a todo instante por alguém mais distante que esse Deus que acreditam.
Meus versos são mais verdadeiros e sólidos que os momentos, que não passam de recordações, não podemos ter os mementos, apenas relembra-los, pois como dizer no exato momento? Logo, meus versos que não são nem pensamentos falsos, que podem ser a qualquer momento discutíveis e nem momento que não passam de imaginação: são bem mais reais!
Falando como Clarice, eles são claramente “puro it”, e isso o senhor me desculpe e me perdoe, mas não há o que discutir!
E é nesse exato momento do meu fato que falaremos sobre mim, que sem egocentrismo nenhum, mas bonita não hei de ser. E já que não sou bonita, não falaremos de mim e sim de um outro alguém qualquer. O frio, por exemplo! Um estado de energia baixa, que eu não suporto, ele realmente me dá calafrios, me afugenta, me deixa assim, meio rabugenta, sonolenta e friorenta. Fora à dor que dá. Pra mim o frio está estritamente relacionado a dor e a dor de forma negativa. Porque esse meu Eu meio inconseqüente gosta de dores, mas não de dor de frio, parece-me padecer o corpo e repelir as pessoas. É, acho que não gosto mesmo de frio.
Falaremos então de outra coisa, não gosto de falar sobre coisas desagradáveis, gosto de coisas discutíveis e não plena coisa plena não tem graça, já repararam?
Que nem, não tem graça planejar uma viagem, não tem graça escolher alguém para amar, não tem graça escolher o signo do seu filho, não tem graça tanta coisa. E todas elas com certeza são plenas. Coisa plena me lembram aquelas pessoas que sentam na frente na sala de aula. Bem, não todas, mas a maioria delas são plenas demais, sistemáticas e estatísticas. Nada contra você que me lê e senta na frente, ou sentava, vai lá se saber. Até eu mesma gostava de vez em quando de me sentar na frente. O que me incomoda é que sempre se sentam no mesmo lugar, falam apenas com as mesmas pessoas, isso me irrita. Ou melhor, não tem a menor graça. Gosto do inconstante, inconstante que nem os pensamentos. Gosto de gente não plena, gente que inventa moda, mas que nunca ta na moda. Gente que pula amarelinha com trinta anos só pra tentar lembrar o gosto da infância, gente que ri estranho e espirra engraçado. Gosto de gente sem humor definido, mas de um jeito ou de outro sempre bem humorado. Gosto de gente amiga e inconstante! Gosto de gente que erra.
Quem não erra não aprende! Eu gosto de errar. Às vezes até erro com gosto de errar só pra aprender e acertar. Essas pessoas plenas que planejam tudo são umas chatas, e falo mesmo! Sabe, elas não erram e quando erram não contam, nem para compartilhar de seus erros com os outros para que ninguém os cometa, sempre egocêntricos! Gosto de gente que diz seus defeitos e dá muito valor a suas virtudes, gente que pede desculpas e fala obrigado sem parecer falso ou hiper-educado. Gosto de gente simples e espontânea, gente assim: que nem eu, e que nem você que me lê, você deve ser inconstante do contrario nem me conheceria.
Gente que interage é legal, as pessoas que interagem sempre são meio doidinhas, isso é bom. Brasileiro interage até com sogra chata, interage com padeiro, com frentista, com madame ou vendedor de sofá. Brasileiro interage tanto que conversa até com assaltante. Acho bom que conversem mesmo, assim ficam sabendo dos motivos pelos quais o levaram a fazer isso. Passam a entender o porquê da sociedade ser assim: podre!

Eu sinceramente procuro avaliar com frieza os “marginais” e quando digo frieza me refiro sem botar meus sentimentos. Tento não ver como as pessoas os vêem, posso até ser chamada ou maluca, ou “a salvadora de assassinos”, mas se eles fizeram isso é por algum motivo. Como disse alguém, em um monólogo que um dia assisti: “Ninguém se suicida sozinho”. Logicamente injustificável, mas há um porquê! - Com certeza momentos eles tem de monte -. Se talvez não tratássemos a violência com tanta violência, conseguiríamos cessar essas aberrações. Outra solução – a que mais gosto pra ser bem sincera – é o extermínio de nossa raça, que ao meu ver é a mais inferior de todas, pelo menos no estado que nos encontramos. E me incluo no extermínio, não fugiria. Mas acho que nós (seres ditos racionais) ainda temos solução, será difícil e longa de ser alcançada, mas há. Só basta querermos acha-la. Parar de querermos tantos momentos e procurarmis mais fatos e ações. Se fazer mais presente nos momentos fatídicos e mais ausentes nos momentos passados.


Segunda-feira, 05 de setembro de 2005.

17 de agosto de 2005

E o pulso ainda pulsa, pulsa, pulsa...

>>Escuta: O Pulso - Titãs
>>Pensa: Voltando ao dias normais...
>>Sente: Ansiedade
>>Sonho do dia: Aquele patifas


Talvez certas coisas não foram feitas para terem nexo, mas eu gostria que tivessem, isso orienta as pessoas, sabiam?!

Cinco Minutos

Foram exatos cinco minutos, dois segundos para que eu notasse o termino, assim cinco minutos de dois segundos. Foram trinta segundos para que começasse, mais trinta para que eu para-se e entendesse que era a hora. Foi um minuto e meio para que eu quisesse ver, sentir, mais trinta segundos para que eu me acustumasse e quisesse perseguir o fim. Foram dois minutos para que eu não entendesse o que havia, para que eu simplesmente notasse e anotasse como o meu corpo reagia estranhamente quando observava coisas diferentes e distintas, foram mais trinta segundos para que eu me perdesse. Foram três minutos para que eu quisesse cantar pra vida toda e rir até morrer entalada numa gargalhada escandalosa, foram mais trinta segundos para que eu jamais esquecesse a face. Foram quatro minutos para que eu me chocasse com o que via, não quisesse compreender, mais trinta segundos para perceber que já havia acontecido e nada mais poderia ser feito.
Foram cinco minutos para me apaixonar por você e mais dois segundos para perceber que não iria te ter.

10 de agosto de 2005

Fingi na hora rir

>>Escuta: Juanes
>>Pensa: De volta a volta da que NÃO foi
>>Sente-se: Bem, obrigadinha! ;)
>>Sonho do dia: Conseguir fazer a invertida sobre a cabeça!hehe


E como todas as coisas que vejo, que descubro me fascinam, como essa vida que não entendo, mas amo. Como essa chuva fina que cai e incomoda os meninas de rua, como todas as fábricas de chocolate jamais existissem: peço que parem!
Parem, olhem, observem cada instante, cada agora, cada nunca, cada pra sempre desse jamais vazio passado. Quero que olhem e escolham, que revejam, que tentem. E como que quase morrendo amem, porque já não sei mais falar de outra coisa se não o amor, e isso se torna cada vez mais inevitável.

Como que se calasse essas mentiras, vivas meu amor. Jure morrer e viver por você e por todas essas coisas injustas que vês. São tantas
formas e cores, tantas idéias e formas de expô-las. Queria ser mais sucinta ao dizer tudo o que digo, mais dinâmica, mais diferente, mais objetiva, mais admirável, mais única, mais pra sempre. Como quem só vive por um minuto e tem que dizer tudo nesse um minuto, como quem morre a espera de um milagre e busca a cada dia um novo ser para poder dividir seu amor.E é por isso que digo que não sei, não me pergunte, nem como quem quer saber, nem como quem sabe e quer fingir não saber. Porque sinceramente não sei muito bem explicar essas coisas da vida que dizem viver e sem amar ninguém. Não sei parece especial, não sei parecer linda, não sei parecer admirável, deve ser porque não sou e talvez nunca seja. Mas uma coisa me resta, sei e posso dizer de peito estufado, ar nos pulmões e cheia de ênfase: EU AMO!

9 de junho de 2005

"Eu não tenho data pra comemorar"

>>Escuta: Brsil - Cazuza
>>Pensa: Uuuuuuuu
>>Sente: Nada além de mim
>>Sonho do dia: "Se dê mole eu bejo mesmo" ahahahahaha essa frase é hilária de mais pra mim!


Quantas vidas já tive, quantas idas e vindas. Todos que já me viram, me tiveram, todos que me conheceram, sou única a cada um deles, uma para cada um. Cada novo nosso, um novo seu: a cada ser que conhecemos um novo “Eu” criamos dentro do mesmo. A cada novo eu, quero que você saiba, cria-se um novo mistério e uma fantasia, nesse jogo de acha e acredita. A vida é um jogo de perdas e ganhos, mas nunca de verdades. Disseram-me que iria morrer de tanto rir, acho que morrerei de tanto chorar por esse meu achar que tudo pode ser melhor e que tudo é lindo quando visto lindamente de longe.

“Te ver já não é mais tão bacana
Quanto a semana passada”
E eu sei que nunca perdi nesse jogo de perdas e ganhos, porque nunca tive nada além da minha falsa esperança de viver só. Nunca busquei o sempre sem um fim no fim do dia e a cada dia serei menos nós, porque nós, é só eu. É só mentira, é só amor, tudo amor. Tudo: carinho, medo, sorte... Tudo isso é puro amor. Dizem que falo de amor como se vende bananas na venda e que isso não é amor, mas do que é o amor se não uma bacia cheia de alegria e fala? Cheia de gestos desconexos e erros querendo ser chamados de acertos?

“Vivo num clipe sem nexo,
Um terror, retrocesso
Meio bossa nova e rock n’ roll”
Mas nada disso faz parte dessa minha alma de ajudante de velhinhas perdidas na noite fria do dia dos namorados.

“Não sou freira nem sou puta”
Não sou santa, não quero ir pro altar nem depois de morta, não quero sentir o gosto da pureza, só do amor. Não quero que me confundam com as falsas velhinhas de altar.

“Eu protegi o teu nome por amor”
Não quero que confundam meus erros de amar tudo com os erros de amaldiçoar os seres: o meu amor só cabe a primeira referencia. A mim esse jogo nada mais é do que um tentar não errar, uma luta constante pelo contra da vida amargam, com amor e com tédio de vela sem altar.

"Quando morrer não quero choro nem vela
Só uma fita amarela cravada com o nome dela”
Só os amores. Só os fatos, tudo o que fiz. E não se esqueça de me xingar, isso dá muito prazer, é uma delicia me xingar! Até eu me xingo quando não agüento mais saber dessa existência de vida. Quando já o papel não me cabe, quando nem as folhas infinitas do Word já não me satisfazem mais, xingo-me, bato-me: de fato é satisfatório.

“Nosso crime não compensa”
O meu crime de amar não compensa, não posso ser compensada por amar, nem pelos sofrimentos que isso me causa.

“Vida louca, vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve”
Quero não perder tempo com brigar idiotas pessoais, quero me jogar da ponte e sentir o vento me bater: até ele gosta de me bater.

“Meus heróis morram de overdose
Meus inimigos estão no poder”
E isso sim me provoca, essa falta de amor no resto da face terrestre, essa falta de ideologia, desse novo que nunca chega, ninguém mais acha o novo bacana. Será esse o fim?
Ninguém mais cria ideologias, quero ouvir a palavra “neo” pro bem, não pro mal. Precisa-se do novo de novo.

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida...”
Quero o sabor da impureza com o sabor do mais puro amor da verdade de não se saber se faz bem viver ou se faz mal em persistir em melhorar essas coisas causais. Saborear sem medo de te recriminarem por fazer arte, por se aceitar, por simplesmente gostar de amar.

“Essas sementes mal contadas
Que já nascem com cara de abortadas”
Essas pessoas “que não mudam quando é Lua-cheia” que não sentem a metamorfose tocar sua pele, esses seres que tem medo de dizerem o que querem, porque provavelmente é algo bem mais estranho que isso que os que têm coragem dizem.

“Vamos pedir piedade...
Pra essa gente careta e covarde...
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem”
Dê-me um pouco mais de amor pra poder dizer a esses seres que somos iguais, e “pra quem não sabe amar e fica esperando alguém que caiba no seu sonho” que eles não precisam se preocupar com o depois, porque ele é tão depois que talvez nem exista. Porque tudo isso que foge do presente também é uma forma de ficar nele: quem foge é porque quer permanecer.
Apreciar o Sol são para poucos, são para todos, mas nem todos sabem usufruir desse bem, desse patrimônio que todos querem, mas ninguém tem, ninguém pode, talvez ninguém mereça.

“Com os braços sempre abertos
Mas sempre sem proteger ninguém”
Porque só reza não faz nada, só reza não tira o burro da lama, nada se salva se não fizer: se é que há salvação pra esse mundo de armações. Eu que não quero comparecer ao juízo final, não por medo da minha sentença e sim por não querer ver a cara de decepção das pessoas com “Deus”.

Esqueçam-me, só me esqueçam. Quem eu já criei, que cultive e quem nunca viu, que nunca ache.


Texto meio perneta, mas tá valendo!

1 de junho de 2005

>>Escuta: Algumas música que não identifiquei...
>>Pensa: Essas coisas demoram
>>Sente: Brisa marítima inexistente
>>Sonho do dia: Ter três horas a mais no dia


Sei lá, às vezes só acho que não mereço e às vezes acho que não é o bastante. Tento compreender essa mania que me persegue de ter sim e não no mesmo pensamento, tento arrumar desculpas para ser assim e não acho. Disseram que me amam, que me guiam, que eu os deixo felizes, disseram que eu sou uma luz no fim do túnel, a última das santas já tão esquecidas. Gritaram toda minha vida numa rua deserta;
Amo-te Deusa dos meus sonhos,
Cristal mais puro dos desajustados e imundos.

Todas falas infames – adoro essa palavra, infame. Infame, é tão sarcástica e misteriosa, fonética curiosa. Infames são as frases que escuto da boca do povo, infame são essas abelhas que correm pra sua colméia como quem corre em direção ao seu macho – todas no período fértil.
Vi as pessoas dizendo - elas falam bastante – sobre assuntos alheiros, debatem claramente sobre vidas, falam das fofocas e fatos como se fossem temas de aula. Elas não têm pudor, isso é bom, é ruim, quase tudo tem seu lado bom e o seu lado ruim – acho que sim.

É coisas sem pé nem cabeça fazem parte
do cotidiano – o meu texto que o diga.

11 de maio de 2005

Caí como flor e se perde como dor


Como flor caí, como dor se desfaz esse desejo de saber viver. Sem saber se junta as verdades da vida que se jogam contra a mesa da cozinha procurando um pouco de água pura: quer se purificar. Ou como desejo que queima se submetendo a experiências, a procura de pão amanhecido e metaforicamente se rege e se ergue como fogo no fim do dia. Naquela hora não sabia o que dizer, faltou à voz, a boca secou, as mãos se paralisaram e os olhos se fecharam. Quis fugir para outro lugar qualquer onde ninguém achasse, só teu amor. Quis calar, como quem quer chorar sem motivo, quis rodar como roda-gigante, quis ser mais um, só mais um. Captei-me em várias freqüências e sem saber bebi de água já provada. Quis ter tudo, quis ter todo amor do mundo, toda piedade, toda felicidade, toda dor. Senti vertigem, busquei frases, faces, frascos mágicos, procurei nos contos outros encantos e achei em mim a fórmula perfeita de ser outro alguém forra dessa guerra. Quis eu ser mais uma mentira, mas só cabia as verdades. Fui em bares procurando um pouco de amargura e lágrimas esquecidas. De repente achei cacos de vidro: restos do meu orgulho mal dito, mal distribuído e desonrado.
Cantei em ruas escuras as vidas futuras, vinguei-me de minha hipocrisia, chutei maldizeres e busquei nos bares novos lares. Quis apenas sorrir, porque era mais um dia que passará, mais uma dor superada, mais uma hora a menos no inferno terrestre, um segundo a mais respirado. Senti nada, entrei em alfa.
Xinguei putas despidas do respeito e cobertas de forças ocultas. Briguei por vidas e mundos mais justos, fiz o que eles disseram que eu faria. Catei papel do lixo como se cata sonhos de mentes inocentes. Observei os olhos de todos aqueles que já beijei e já amei. Pulei o muro em busca de harmonia e sangue seco. Furei protocolos, rasguei cheques como se rasgasse vidas oprimidas. Cultivei pássaros como quem cultiva amor na porta de casa. Reguei os pés como se rega uma vida destruída, como quem não sabe o que lê.
E o que mais terei de ser, ver e viver para ser algo mais que esse universo falso e frio?Quis beber, me embebedar na sua saliva cheia de vida e queratina, chupar limão como se chupasse chocolate. Falei que não sei viver: não sei sofrer!
Aviso: Não sei viver!
Soube errar, mas sem perder a classe soube beber e nem por isso me embebedar de alccol sujo de pó de mármore. Senti formigar meus dedos calejados das verdades que guardavam. Olhei todas aquelas cartas, como quem olha ouro em mina. Jurei te amar como quem jura morrer e sem saber jurava mais ainda viver só para cumprir minha promessa de amar. Juntei restos dos desertos do meu peito destruído pelas falcatruas do Severino Cavalcante.
Também sei, sei que fui, que sou e que sempre serei: isso. Nada mais, nada a menos, apenas e só isso! Só essas falas toscas, esse rosto mal desenhado, esse corpo fora de forma, essa autoestima de gangorra e essa pele abstrata. Apenas mais um Só e desse Só não hei de passar, pois tão só também é esse meu Só.
E a conclusão que chego é que: Não passo de um Só nada no meio do grande Só de um tudo. Assim talvez faça algum sentido.

20 de abril de 2005

Só um bando de besteiras mal pontuadas



E dizem que isso é viver. Dizem que esse melodrama diário com doses massivas de analgésicos é viver. Dizem que sou louca. Para vivermos sabiamente precisamos de lembretes diários para não nos esquecer que somos a natureza, que somos o tempo ao avesso, que somos tudo isso que acreditamos ser, e que na verdade não somo nada. Não passamos de lembranças alheiras. Não passamos de uns ossos, carne, sangue e um amontoado de órgãos. O que poucos sabem é que isso não é nós. Nós somos tudo isso que pensamos, que queremos, somos a mente, a mente que age. Somos ações. Somos um bocado de ações e reações mal ligadas.
Somos puro suspiro. Porque a vida é frágil e incerta. Ela não é correta, não é infinita. A vida é o que deixamos, o que fazemos, o que pensamos e propusemos.
O amor também dói. Também é ódio. O ódio é uma forma de amar escondido, é uma forma de se preocupar. Um dia disse que odiava, disse que odiava porque era incapaz de dizer que amava, então disse que odiava.
E tudo isso, o que é?
O que é tudo o que escrevo? Tudo, não passa do mais puro nada simbológico, da mais pura incerteza de ser compreendido e respeitado. Minha inspiração é turbulenta como as águas que correm para sua afluente, em busca de conformo, de abrigo, de sucesso... Temos que ser mais, existir mais!
Eu tenho que fazer mais, lutar mais, brigar mais, gritar mais!
O que tenho é só uma perna engessada, é só um pé torcido e um cabelo desbotado. O que tenho dessa vida e o que levo dela? Se todo mundo pensasse...
Tem muita gente por aí que gosta de ler. Lê qualquer coisa, conhecimento?
Negativo. Eu leio o que quero, quando quero e quando quiser. Eu falo o que quero, quando quero e se quiser dizer algo que ache que de fato pode vir a fazer alguma diferença ou reação, a não ser que o que queira dizer não tenha nenhuma conotação. Não gosto de político que fala “difícil”, só quer confundir o povo. Eu falo as palavras que podem ser mais bem entendidas, sejam elas simples ou complexas, afinal de contas qual a diferença entre elas?
As pessoas dormem, é inevitável, é inevitável sonhar, seria então a resposta para o entendimento dos seres, sonhar? Apenas sonhar, concretizar sonhos, sonhos, porque todos são possíveis e impossíveis, só cabe a nós decidir o destino de tais.
Uma vez, disseram que eu ouço demais, que eu tenho uma capacidade mais que normal de ouvir. Ouço o que falam comigo, o que falam com o vizinho, o que falam com o padeiro e tudo ao mesmo tempo. Ouço por três, quatro, cinco ou um. Ouço tudo o que consigo ouvir, organizo tudo em minhas idéias, na minha mente, guardo tudo como ouro bruto, depois quando preciso, lapido o ouro para que possa viver, agir, fazer o sonho se tornar real se assim for desejado.
É que nem mentir, todo mundo mente, mentiu, vai mentir, não tem como, nem quando, nem onde. Mentir faz parte de toda a vida, da esfera terrestre, do sangue. Os animais irracionais também mentem quando lhe é conveniente, mas são muito mais verdadeiros do que os homens que os castram e os domesticam. Tudo isso é covardia! Covardia é medo, que nem aquele medo de dizer que ama e diz que odeia, que nem o medo de viver, agir, concretizar sonhos. Temos medo de ver ou sentir a verdade, porque na maioria das vezes não sabemos se será mesmo dessa vez que descobriremos a verdade, por que o que é verdade? Pode ser a verdade do sonho, a verdade da mentira, a verdade da covardia, a verdade do amor, a verdade do ódio, a verdade do louco, quantas faces tem a verdade? Será a verdade é a mais falsa de todas as mentiras? Porque se tens tantas faces não há de se estranhar tal questionamento. Ou será apenas um direito de escolhermos entre todas essas verdades e faces a nossa verdade, a nossa face?
Verdade, vida, ódio, amor, mentira, ação, mente, carne, ossos, tempo...
O que é tudo isso?

17 de abril de 2005

Eu & eu

Um pouco mais de 16, um pouco mais de gordura, de hipocrisia e medo. Muito mais conto e menos magia. Não conseguiria contar nos dedos quantas pessoas ou amigos me “trairão”, não conseguiria chorar ao lembrar de tudo, foram tão baixos e insignificantes. E todas as besteiras que fiz, foram tantas, tantas vezes menti pra mim ao pensar que era fácil viver. Que o mundo sempre estaria ao meu dispor. Até que um dia eu acordei, acordei e percebi que perdi muito tempo e tempo, tempo não volta, tempo não te retorna. Houve vezes que pensei que nunca mais conseguiria olhar pra mim de frente. Pensei que havia sido tão fraca que não merecia segunda chance, não merecia acordar e ser contemplada por esse Sol que nunca se exausta. Lembro-me das convicções, dos sonhos idiotas e egocêntricos, das lamentações que costumava fazer e não sei como me aturaram.
Às vezes acho que fizeram um estupro mental comigo. Afinal, foram de fato selvagens e impiedosos e eu ingênua demais ao acreditar que poderia salvar aqueles animais que por sua vez não eram irracionais. Por quantas e quantas vezes pensei em fazer coisas que eu nem sabia como faze-las. Deturpei-me para os outros. Era-se incapaz de ver a verdade em mim, no meu olhar só havia... Vazio. Era oco. Pensava ver coisas que não era, pensava conseguir coisas que não queria conseguir de fato. Não era Eu!
Não esse Eu que agora sei que é meu, que é o meu Eu verdadeiro. Antes gostava do preto, acho que me identificava com ele, porque tudo pra mim era escuro, não via. Não via onde estava nem pra onde ia. Agora tudo é branco, é branco porque é claro que sou Eu, é branco porque agora é verdade, não é mais uma deturpação, sou limpida e clara.
Agora o que resta é puro Eu.

30 de março de 2005

Não, eu não sou do tipo que olha pra trás e sorri


>>Escuta: End It All - The Queers, versão
>>Pensa: Fucking
>>Sente: Repugnância?
>>Sonho do dia: Dumrir, MUITO



Bela Merda

Bela merda, lá vem ela feliz;
Bela merda, lá vai a puta feliz;
Bela merda, lá se vai minha vida feliz.

Bela merda, já se foi o tempo do ser;
Bela merda, já não se sabe mais vencer;
Bela merda, já não sei mais se ainda amo você.

Bela merda, ela olho pra trás e chorou;
Bela merda, ela sabe que te amo, sabe que te odeio...
Bela merda, ela disse chorando pelos cantos.

Bela merda, queria gritar;
Bela merda, queria te xingar;
Bela merda, queria te amar.

Bela merda, eu só sei perder;
Bela merda, eu não sei mais correr;
Bela merda eu: Que só perco e nunca
acerto
o alvo do coração.

27 de março de 2005

Bitoukos...

>>Escuta: I Get Along - The Libertines
>>Pensa: Caraca, mas como eu quero!!!
>>Sente: Ssssssssssss...
>>Sonho do dia: cchhhuuunnnnnn


Será mesmo que existe?

Será mesmo que existe esse tal garoto lindo, inteligente, simpático e levemente deturpado e com errôneos traços? Será mesmo príncipe ou um sapo disfarçado? Será ele; ele tão meio tímido, meio simples, meios sofisticado, meio afobado, meio eu e eu meio ele? Será ele aquele perdido nos meus sonhos noturnos em preto e banco? Ele que por mais de diversas vezes eu sonhei que nunca beijaria e falaria “Eu te amo”. E eu que me seqüestro pra não pensar que não sei como é viver sem você. Sei dos desafios, dos erros que irei cometer mesmo antes de me envolver, sei que não serão poucos, sei que nada disso um dia valerá e que tudo será esquecido. Também sei do nada que de nada se sabe e de nada sei desse amor tão repentino e estúpido por esse seu rosto “belo”.
Sei que quando deito ainda pensando em você e sonho sem saber porque que te beijo e nunca senti o gosto da sua saliva. Será que irei gostar, ou desprezar? Mas não, sei que vou gostar, já que seu defeito é meu deleito e seus braços são meu ninho que de tão frio e seco se torna úmido e quente de tanto apelo por teu amor que já não sei se é tão raro e ingênuo. Será mesmo que existe esse menino de rosto fino e traço firme?



PESSOAS

Nada que diz nesse texto se refere diretamente a mim, meus textos são apenas idéias desconexas, não se refere necessariamente aos meus sentimentos!


***Feliz Páscoa!

24 de março de 2005

Mitologia Chinesa


>>Escuta: Is This It - The Strokes
>>Pensa: Será que vale a pena?
>>Sente: Que não sabe o que sente, ou sabe e não quer dizer?
>>Sonho do dia: Nadar sozinha em uma piscina aquecida


A gente que

Queremos estar juntos solitariamente. Nós queremos ser amados, mas não queremos nos dar ao trabalho de amar.Somos todos injustos e prepotentes, todos inúteis e insuportavelmente únicos e necessários.
Se um dia você souber a fórmula perfeita de amar não conte a ninguém: estará errado ou totalmente egocêntrico.
Não sei como te justificar o não mais querer, ou até mesmo o pertencer. Não sei como dizer não. Só queria poder nadar, poder correr, brincar e talvez até amar. Não quero mais dizer não.
Não sei mais como dizer que não sei o que fazer, não sei mais se quero amar, ser amada, então irei apenas tentar viver.

Image hosted by Photobucket.com

Andava pensando como é doar, como é ser e depender. Como é sofrer sem saber se dará certo. Estava pensando em como busco coisas sem que perceba.
Como o monopólio e o agrotóxico me dominam e contaminam sem que eu me dê conta. Se eu ao menos pudesse dizer, escolher, ver e perceber. É assim que as coisas são, exatamente assim: confusas, exatas e primogênitas. “Tudo é belo” já dizia o meu presidente, tudo que se faz belo e se deseja belo é belo.
Fazer escolhas nunca foi um ato merecedor de um ser que anda e pensa, nunca foi um ato de privilégio e exatidão. Queria eu lhe dizer que o que sei mal sei e o que menos sei é o que mais tenho conhecimento. Sabe-se que o que sei não passa de um pouco de passado adicionado com muitos erros.
Quase todas as vezes que disse e desmenti sem que acabasse a frase fui fraca, tão fraca que não pude completar a verdade anterior. O mundo é feito dos burros e porcos, dos meninos e mendigos, dos fracos e oprimidos, dos vendidos e corrompidos. Quem me dera ser mais uma fascista sem vida, quem dera eu ser mais um vegetal na cama de hospital, quem dera saber que a verdade cabe a mim e que a verdade é bela.