1 de junho de 2005

>>Escuta: Algumas música que não identifiquei...
>>Pensa: Essas coisas demoram
>>Sente: Brisa marítima inexistente
>>Sonho do dia: Ter três horas a mais no dia


Sei lá, às vezes só acho que não mereço e às vezes acho que não é o bastante. Tento compreender essa mania que me persegue de ter sim e não no mesmo pensamento, tento arrumar desculpas para ser assim e não acho. Disseram que me amam, que me guiam, que eu os deixo felizes, disseram que eu sou uma luz no fim do túnel, a última das santas já tão esquecidas. Gritaram toda minha vida numa rua deserta;
Amo-te Deusa dos meus sonhos,
Cristal mais puro dos desajustados e imundos.

Todas falas infames – adoro essa palavra, infame. Infame, é tão sarcástica e misteriosa, fonética curiosa. Infames são as frases que escuto da boca do povo, infame são essas abelhas que correm pra sua colméia como quem corre em direção ao seu macho – todas no período fértil.
Vi as pessoas dizendo - elas falam bastante – sobre assuntos alheiros, debatem claramente sobre vidas, falam das fofocas e fatos como se fossem temas de aula. Elas não têm pudor, isso é bom, é ruim, quase tudo tem seu lado bom e o seu lado ruim – acho que sim.

É coisas sem pé nem cabeça fazem parte
do cotidiano – o meu texto que o diga.