7 de maio de 2010

branquinho no banquinho.

O que importa é que daí, eu posso assistir Glee, cantar, chorar, gritar, aumentar o som, conversar dentro de mim, pensar o que quiser, como quiser. Porque tudo pode ter limite, a liberdade pode não existir, mas dentro de mim, tudo o que quiser ou deixar, vai existir transbordar, viver, reviver e se criar.
É que é assim, por mais, mais que eu queria sentir os outros, porque de mim já estou cheia, adoro ficar de papo com meus outros heterônimos e brincar de sonhar e ser feliz sabendo que esse mundo não existe. E mentir para tudo dentro de mim. Parar cenas e fotografá-las: é o que faço quando fico sozinha. Quando me esqueço e sou só ser que vive e puro "it". Esse "it" é de viver a vida assim, aberta, simples, sem medo, preconceito e paranóias. Mas é que também às vezes tudo isso vem junto, porque também existe o meu outro lado, meio louca, meio canalha, meio mentirosa, meio fraca, meio mal educada, meio assassina, meio tudo de ruim que a sociedade prega. Porque no fim, não quero ser nem tudo de ruim, nem tudo de bom, quero ser o livre, como sou dentro de mim. Quero ser "it" puro dentro dos livros e músicas. Quero só ter o presente como lembrança e sentir todas as partículas da vida me tocar. É que isso não é poesia, isso é minha vida. Meu jeito de dizer: não façam isso. Meu jeito meio Álvaro de Campos de dizer "Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho." É meu jeito de ser sozinha no coletivo do mundo de possibilidades infinitas dentro de mim, da forma que quiser ser, na hora que quiser e o mais importante, para quem eu quiser: ser.

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