31 de agosto de 2011

Abriu

Abriu os olhos, o corpo grita quando não queremos escutar nossos instintos mais derradeiros, é hora de parar. Respira fundo, olha ao redor, que rotina é essa? E os meus amigos? Por que parei de dormir? Cadê a grana? Cadê minha vida, o que sempre me caracterizou? Onde vim parar? A viagem foi boa, as descobertas interessantes, as sensações indescritíveis. Foi bom. Tão bom é voltar, como se volta pra casa em um dia muito cansativo, depois de uma viagem longa: só quero a minha cama, meu edredon, meu travesseiro, meu ursinho de pelúcia. 
O meu corpo gritou, gritou meu nome bem alto dentro de mim mesma com tom de quem pergunta, me procurava e eu escutei, só demorei a responder. Mas respondi, agora eu respondi, agora chegou.
É uma nova versão, nem a de antes, nem a de ontem, nem a de criança, é nova. É essa nova, precisa de um corte novo de cabelo, talvez uma cor diferente? Precisa de roupas, coisas, pessoas, janelas: tudo novo. Eu gosto do novo, seja bem vindo.

Nenhum comentário: