28 de agosto de 2011

Típico


Nunca foi tão difícil que fizesse que tudo se tornasse impossível, e nunca foi tão fácil que eu não precisasse reclamar. Perdi alguma coisa no caminho? Me perdi no caminho? Não. Nada se perdeu. Somos como as culturas, mesmo que depois de mortos todos os integrantes de uma sociedade, essa cultura jamais é morta, uma vez que houve contato com outra cultura ela irá se juntar, agregar, prosseguir de forma diferente. Nós não perdemos nada no caminho, nunca. Nos tranformamos em coisas diferentes, pessoas diferentes, mesmo que tenhamos atitudes opostas ao do passado, aquela de outrora não foi perdida, mas mudada, tranformada e está lá, em algum canto contida. Quantas vezes me transformei? Cortei os cabelos, tingi, mudei de cores de roupas, modelos, vocabulários, perspectivas, sonhos, tudo. E que bom. É claro que sei que a maior parte das pessoas não viveriam como eu vivo, não seriam tão intensas, nem tão insanas, mas eu gosto. Acho que lá no fundo de mim gosto desse monte de doenças que fui acumulando, mas também odeio. Típico.


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