3 de fevereiro de 2007

One more time

>>Escuta: Here Go Again - Ray Charles and Norah Jones
>>Pensa: Preciso ler mais
>>Sente: Coçeira no braço direito
>>Sonho do dia: Pintar


Não são uma, nem duas, nem três, nem dez. É mais de mil, talvez um milhão de coisas que não compreendo. Algumas não me perturbam, já outras tento decifrar, muitas vezes sabendo que provavelmente nunca obtenha laudo satisfatório.
Não compreendo o porquê do mundo, e isso não ligo. Não compreendo o porquê da vida, isso também já não me importa mais. Não entendo o porquê da maldade, do desamor e da falta de sinceridade. E isso sim me incomoda. Talvez me incomode por saber que não sou eu quem vai “arrumar” essas coisas; ou talvez porque eu sei, no fundo da minha pseudo-sabedoria, que deve ser assim por motivo nenhum. Passei a desprezar os motivos pelo qual a vida se torna ela. Passei a viver pela vida, já que ela não vai ser feita só. Vi que maldição todos tem e são aprisionados por suas mentes que não chegam a ponto algum: Que não foge do que vemos. Notei sentindo no tecido que cobre meus esqueletos que provavelmente não precisamos de um por que, ou um motivo maior.
Andei pensando que precisamos de coisas para gostar e desgostar, para que possamos escolher e fazer com que esse peso de viver se torne mais leve. Não me importa mais a vida, ou a morte. Não importa mais coisas que vejo de superfície. Só me importa o fazer, o ser, o estar. Só me resta fazer o que achar melhor em cada momento sem se esquecer do passado. Que o futuro não existe. Que ninguém além de você mesmo vai lembrar do passado ou dar valor a ele. E que todos somos perfeitamente normais. E essa é a parte mais chata.
Existem uns que crêem em Deus, Deuses, coisas, energias, outras vidas, forças, mal, bem, verdade, mentira e Nada. Eu me encaixo na fileira do Nada. E nada tenho a dizer sobre isso. Porque isso é só isso e não tem do que se explicar.

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