1 de fevereiro de 2007

Oras, veja bem, meu Senhor

>>Escuta: Warrior - Matisyahu
>>Pensa: O Rafael Magalhães me cansa!
>>Sente: Cansada?
>>Sonho do dia: Praia. É, ainda não saí dessa


Não a esperava quando apareceu. Era ela toda molhada e ácida. Era meu pranto de mil anos. Era ela: chuva. Que sozinha já era arte bela, mas com o mundo a lhe enfeitar ficava ainda mais completa. Naquele dia não era a primeira vez que caíra. Assim também não era a primeira vez que me acordara antes que dormisse. Mesmo com minhas dores de ouvido pude apreciá-la. Lembro-me agora com susto de todas as nossas aventuras.
Da vez que a senti quando voltara da escola. Em uma das raras vezes que voltara por conta própria. Eu sorria e tentava beber daquela água divina que caía tão espalhada. De como ficara iluminada de tocá-la. Me olhavam na rua que eu fazia questão de andar bem no meio. Admiravam-me, mesmo sendo garotinha que eu ainda era. Não sei bem ao certo quantos anos já completara, mas devia ser por volta dos 12 ou 13.
E como qualquer ser humano que se preze tem minhas histórias de chuva em conjunto. Dessa vez estara na escola. O sinal já havia sido tocado para que saíssemos. Estara muito calor, quente mesmo. Já era horário de verão, apesar desse ainda não vigorar: o verão. Então ela entra em cena. A bela chuva. Meio quente também, escassa, mas muito graciosa. Era nossa famosa chuva de verão: rápida. Caiu e molhou não só a mim, mas também minhas amigas. Estonteamos-nos nas águas da chuva breve, que traz tantas felicidades e histórias.



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