13 de novembro de 2011

Das pessoas

Das pessoas que apanham e por isso batem
Das pessoas que se perdem no caminho
Com tantos espinhos
Ficam parecendo cacto:
Secos e cheio dos mesmo espinhos
Das pessoas que dizem muito
Falam demais
Fazem quase nada
Das pessoas que desistem
Partem
Deixam seus sonhos para trás
Das pessoas sem coragem
De dizer
Eu te amo
Das pessoas que tem medo
De qualquer coisa que as faça pensar sobre elas mesmas
Das pessoas com escudos
Escudos fixos
Porque bateram demais
Das pessoas que vivem de passado
E perdem o melhor do presente
Das pessoas que acham que tem menos do que tem
Das pessoas que vêem problemas em tudo
Das pessoas que se prendem no pequeno
Das pessoas que mentem pra si
E acreditam estar fazendo o melhor
Das pessoas que nunca arriscam
Se perdem dentro do metódico
Do perfeito
Do projetado
Das pessoas que sempre perdem a melhor parte
Porque se preocupam com as coisas erradas
E se escondem
Das pessoas que se escondem de tudo
De todos
E só se mostram para o superficial
Para o fútil
Para o limitado
Escondem-se nas cavernas
E quando vêem uma sombra lá fora
Isso deve ser mais perigoso que tudo
Das pessoas que nascem sabendo amar
E terminam sabendo julgar
Odiar
Negar
Correr
Das pessoas que eu contei pelo caminho
Já me tornei
Já deixei
Tanto a minha
Quando a dos outros
Das pessoas que prefiro nem conhecer
E se conhecer
Das pessoas que fiquem longe

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