13 de novembro de 2011

Desencantamento do mundo

Quem você pensa que é? Com que direito você entra na minha vida manda e desmanda nas coisas que você não tem controle? Fui ali na rua, olhei para todos os lados, céu, chão, ar, pessoas e olha, será? Não sei se vale a pena, nada, nada sei se vale à pena, mas vou deixando. Uma percepção sobressai à outra e assim vai indo e vou deixando tudo se desenrolar. Nada perco, não perdi, não deixei, se não vive, não houve.
Eu só preciso de ar, de vento, muito vento sem maresia. Sentar, olhar ao redor: estou sozinha. Toda a minha tristeza com você se resume a própria tristeza de tudo. É teu desinteresse diário, é toda essa sua gostosura de ignorar que me desinteressa. Você quer mesmo isso? Me pergunto todos os dias e não é por simples insegurança, é por perceptível desinteresse permanente. Não sou interessante? Porque eu não sei se você sabe, mas eu posso partir, sumir, deixar de existir, eu juro que posso. Só gostaria que você me dissesse isso, se for necessário.
É que não sou turbulenta, não procuro briga, discussão, chororo: sou tão simplista que até perco a graça. Digo tudo o que sinto, se tenho um problema te conto e pronto, pronto. Se não tenho, não tenho e te faço sorrir, se eu quero ficar com você, acho justo que saiba. Pra quê complicar? E vou diariamente me perguntando sobre as complicações do seu desinteresse. 

Obrigada pela sua atenção. 
Formalmente, todas.

Nenhum comentário: