4 de novembro de 2005

"Gardena"

>>Escuta: Boys in The Band - The Libertines
>>Pensa: Nas coisas que eu às vezes penso
>>Sente: Leve dor de cabeça
>>Sonho do dia: Ainda tô só pensando na guitarra verde de correia de onçinha


Eu sei que não importa quando tempo passe, uma hora as pessoas sempre vão embora de nossas vidas, nem que demore até a chegada de nossa morte. Mas ainda não consigo controlar o desejo que sinto de saber como vive as pessoas que partiram. Muitas das pessoas me magoaram e eu que fiz questão de me afastar. Outras a vida as levou e algumas...
Bem, eu sinceramente sempre que digo algo digo de alma e coração, por isso hoje em dia tomo muito mais cuidado ao dizer as coisas, pois depois de ditas se tornam definitivas. Lembro de tantos momentos, tantas pessoas, algumas que falei uma vez, outras que só observei. Não sei nem se alguma delas ainda pensa em mim, ou a cada seis meses fuça no meu orkut pra saber se ainda vivo e porque vivo. Creio que ninguém faça esse tipo de coisa como eu.
Sei que todo mundo que faz parte da minha vida agora um dia vai partir, sei que é comum, mas enquanto não partem não consigo me imaginar sem nenhuma delas. Nesse ano de 2005, novas pessoas invadiram minha vida e me fizeram ama-las. Acho que esse ano foi o ano mais confuso, bom e produtivo. Aprendi muitas coisas, mas com certeza apliquei mais minha experiência do que em outros anos.


Hoje, 04 de novembro de 2005 comecei a conversar por acaso por intermédio de um conhecido da escola (Guilherme/Gringo) com um garoto (André). Conhecido na escola como “Gardenal”, fiquei curiosa pelo apelido, foi então que começamos a conversar. Perguntei o porque do apelido e a conversa foi embora, acho que o garoto como eu gosta de se comunicar e foi com a minha cara de sono e meu cabelo ainda não lavado. Conversei com ele por mais de duas horas, talvez até três. Sei que ele conversou tanto comigo só porque me achou diferente e questionadora, coisa que todos tem medo de fazer com ele, mas sim porque havia se interessado por mim por algum motivo desconhecido.

O porque de seu apelido?

Ele tem uma doença que agora não me lembro o nome, mas que a pessoa é muito nervosa, de socar as pessoas! Conversei muito com ele sobre essa sua “doença”, observei seu comportamento, ele estava nervoso quando comecei conversar com ele com a pergunta: Porque te chamam de “Gardenal’?
E ele com as bochechas tremendo e tentando disfarçar o nervosismo tentou me explicar, mas até eu descobrir que era uma doença demorou uma hora e meia. O fato é de que o garoto é muito querido na escola. Um cara simpático, sociável, brincalhão e muito educado, pelo menos naquelas quase três horas.
Fiquei encantada com o jeito dele, doce. Segunda-feira o procurarei na escola para continuarmos conversando.

Talvez ele entre na minha vida. Ele fez parte por um momento dela, se vai entrar na minha vida, isso não sei, talvez se torne um amigo, ou apenas mais um conhecido. Mas sei que um dia ele, como todos os outros, também irá embora. Como amiga de infância que também vai embora, como pai, irmã e vizinho.


E assim se vai
"-se" a vidinha de uma pequena menina