9 de novembro de 2005

Somos Todos Gaijim


>>Escuta: Zum-Zum-Zum
>>Pensa: Garotos onde estão? Estou sólita!
>>Sente: Frio, de novo não!
>>Sonho do dia: Mais uma vez Sol!


“Um pouco de café e cigarros, alguns olhares e insinuações ridículas e é apenas mais um domingo. Adoro lhe ouvir cantando aquelas canções de ninar, canções de fazer pensar, canções que me fazem lembrar. Só mais um domingo, apenas mais um dia.”


Como eu costumo dizer, “prefiro morrer assassinada por uma causa a morrer dormindo em uma cama quentinha”, e isso deve fazer sentido a alguém, não só a mim, mas a mais alguém que eu não sei o nome nem o endereço para que eu possa mandar um telegrama. Minha mãe disse que nada disso dará certo eu já não sei se vai dar certo, mas vou fazer. Vinte quatro horas são do que preciso para descobrir o que devo fazer, ou o que acho que é mais insano. Todas aquelas coisas, aquelas letras que eu me perco. Todo aquele rum seco e mal destilado me deixa tonta e sinceramente não me preocupa, estou tão longe de ser uma escritora descente que isso nem me preocupa. Preocupa-me essa tua preocupação de se preocupara com tudo que não lhe pertence, que não lhe diz respeito. Nunca quis dizer isso, só pensar, mas acho que você anda se drogando, respirando demais fumaça de caminhão, tentei lhe avisar: isso vicia.
Eu fico observando aquela caixa luminosa, observo aqueles tapetes voadores, aquelas rodas que se movem sem rumo, afim qual é o nosso rumo? Não temos rumo, nem rum – traga-me mais rum.
Trezentos e sessenta e seis dias de adrenalina baixa, oito horas preocupado com a insanidade alheia – manicômio – Estou presa!
Luzes, brancura, choques, distúrbios e eu não sei, não sei. A única palavra da qual tenho certeza de sua existência é não sei. Tentei escapar de mim, estou fora de mim! Estou fora da Terra, agora sobrevôo Júpiter, será que ele me ama? Observa-me assim como eu o observo procurando um porque para tal beleza. Ele é lindo, misterioso, totalmente incapaz de me tocar, só eu posso lhe tocar.
Lá vêm eles, eles se aproximam, são eles com mais um, há mais branco, mais líquido, mais agilidade, estão cada vez mais próximos, me querem, me desejam. Durmo, não sei onde estou só sei que agora durmo, apago-me sigo apenas em meus sonhos que são os únicos que realmente posso confiar. Confiar, confiar, quantos escritores são tão capazes quanto eu? E eles ainda se acham merecedores de prêmios e capas de revistas, detesto todo eles e suas mercadorias, suas economias.
Prefiro meus sonhos, minhas mentiras e verdades, minha mente que dizem insana, ela pelo menos é autônoma.


Texto confuso, doido bem no
meu estilo e relamente antigo,
nem sei de quando...
Mas gostei dele.