11 de fevereiro de 2011

Back to Black

Essa é a terceira fase da minha vida que começa. A primeira foi aos 11 anos, quando me dei conta do mundo, dos problemas sociais, pessoais, da complexidade da vida e do entendimento de TUDO. Depois foi aos 15, quando já compreendia melhor que nunca iria compreender tudo isso, e resolvi ser alguém séria, me distanciei do meu próprio eu. Quando digo eu, é esse que me faz viver, curtir, amar e levar tudo na flauta, sabe? E agora, aos 22 anos (2011), começo a minha nova fase, num misto de primeira com segunda sabendo que não sou mais uma adolescente, que só sonha esperando o amanhã, o amanhã já chegou, e é AGORA! Mas também querendo desfrutar das sensações, dos momentos, porque no fim, é só que vale a pena.

Por isso, vou voltar a escrever nesse blog, mas bem diferente do que era antes. Verdade seja dita: escrever me faz olhar para dentro e decifrar de improviso o que está e não, o que é.

Tomar as rédeas da minha vida de novo, não foi tarefa fácil, ou decisão fácil. É muito cômodo viver um sonho que não é nosso, deixar a vida te levar para qualquer lugar e dane-se. A verdade é que precisamos tomar decisões, até das mais simples afinal, são elas que realmente definem nosso caminho.

Eu tenho 22 anos, estou terminando a minha faculdade de ciências sociais na Unifesp, desempregada há mais de 8 meses, com o nome sujo e uma dívida de mais de R$ 4.000,00. Essa é a minha realidade. Namorei muito tempo, o que foi o meu bem e o meu mal e agora, sou só eu de novo e a redescoberta, foi agradável. Como é bom poder nos admirar e amar.

Fiz viagens que mudaram completamente meu modo de agir, pensar e estou prestes a fazer mais duas em poucos dias: Bogotá e Orlando. Depois? Depois é cair na realidade da faculdade, sair de casa (finalmente), limpar o meu nome e arranjar um emprego que consiga pagar minhas bebedeiras, comidas e aulas de canto.

Nasci assim, pro mundo. Já nasci sem ninguém, mas sem ninguém mesmo, não sou órfã, mas é que sempre fui independente (menos quando estive namorando e doente, né). E agora, que a Sacha é a Sacha de novo: viva, envolvente, inteligente, sincera, impulsiva, exagerada e intensa; mas que já passou por muito perrengue nessa vida e psicotrópicos, vou tentando achar a medida.

Nunca quis levantar bandeira de nada, quer dizer, levanto bandeira de feminista (que sou), do movimento LGBT, gênero e de tudo o mais que eu achar que não faz  sentido de ser.

Esse ano, saio do meu casulo, boto a cara no mundo e vou dizer, SOU CANTORA! E ciências sociais, é o meu plano B.

É bom viver, é horrível sofrer. E só enquanto estiver viva poderei fazer tudo o que sempre quis e planejei. Não deixo nada, nem ninguém pelo caminho, nessa cabeçinha, cabe muita coisa e eu abraço o mundo, mas vai ser um de cada vez.

Amo quem amo, não odeio ninguém, perdôo todo mundo, SEMPRE. Mas gente que não me fez bem = OUT. Quero só o que for do bem, do bom, do amor, da sinceridade, o que for da alma.



Até breve.

2 comentários:

Patricia disse...

Oi Sacha!!!! Bom, primeiro quero te falar uma coisa: eu gosto muito de você! E isso é uma coisa super virtual uma vez que eu tive contato com você durante umas 3 semanas no seade, qdo vc estava pra sair e eu estava entrando. Mas dei mtas risadas contigo nessas 3 semanas e também no twitter e no facebook lendo seus posts.
E li esse post que vi o link no facebook e achei mto bom ainda mais lá em cima qd vc fala da primeira fase em que vc compreendeu o entendimento de Tudo! hehehehe

Mto interessante esses desabafos e crises de sinceridade. Acho que fazem bem para a alma!!!! Parabéns e boa jornada!

PS: Pouts, vc ta com uma dívida imensa e vai sair da sua casa??? Nao faz isso! senao vai virar bola de neve! pague a dívida antes! hehehehehehe

Unknown disse...

Sim, eu vou pagar antes.