14 de fevereiro de 2011

Como Quadro

Enfim, o que dizer?


O que dizer desse mundo de desgosto, de falso interesse?
O que dizer?
Digo: abri mão
Abri mão de tudo, e não me olhe assim
Porque se eu não abrir mão de tudo, quem sou?
Abro mão dessa vida que não se leva e nem traz
Do mundo que não te encanta e engana
Não, não... não sou só eu
Não é só a mim


O conhecimento é uma merda
E sentir, nem sei...
Não sei como sobreviveu
Foi por pouco tempo, mas como sobreviveu?
Me dá a dica?
Não tem


Só tem um monte de palpiteiros
Que dizem coisa com contra coisa
Desdiz, diz de novo
E todo mundo quer te falar a fórmula
Que não existe
E todo mundo quer dizer quem é você


Mas
Você sabe quem sou eu?
Sabe?


Duvido muito.
Porque ninguém sabe quem é quem
E eu, eu tenho muitos segredos
Não mais, nem menos
Mas muitos


E se revelar todos?
O que vai acontecer?
E se você revelar todos os seu segredos?
O que vai acontecer?


Do que, afinal, estamos falando?
Claramente, é desse abstrato que move o mundo
O problema é:
Esse querer de NORMATIZAR o abstrato,
Mortalizar o abstrato


Eu quero SER o abstrato.




E dane-se.

Nenhum comentário: