13 de outubro de 2004

Eu olho, olho, olho e nada chega



Tudo parecer normalmente normal quando ouço coisas. Tudo parece basicamente normal quando você diz meu nome. Odeio quando você diz que ainda pensa em mim. Detesto ouvir você dizer que me acha feliz. Não gosto de ler o que você escreve. Você pensa que tudo que digo ou escrevo é sobre você! E ngana-te mais uma vez, meu bem!
Por que as pessoas insistem em dizer que ainda amo você, sendo que nunca gostei do som da sua voz ou das coisas imbecis que você diz? E toda noite você diz sonhar comigo e lembrar do meu sorriso falso. Não gosto quando me olha assim: de rabo de olho.
Ninguém lhe avisou, mas não preciso de você. Ninguém me contou, mas sei que você se foi. Não preciso de você ou de suas piadas infames. Não, não estou falando de você. Estou falando de mim. Isso vai mais além do seu entendimento e do meu também, talvez. Isso é uma crônica mal feita e mal editada pelas minhas mãos calejadas. Isso é um projeto de fecundação mental. Não preciso desses, preciso de outros e foscos. Preciso e tenho uma meta seguida de uma reta curva.
Tenho uma obra a ser entregue. Tenho o tempo ao meu favor e o amparo de Joey.
Aqui há uma linha e uma risca que indicam a verdade de mim mesma. Há flores e descampados.
Sei o que pensa e o que sente, o que acha e você não acha nada. Não há opinião! É triste ver que as pessoas não sabem mais amar. É feio ver que ninguém se preocupa em ser e sim em parecer.