1 de dezembro de 2004

Nadegas?

>>Escuta: Boulevard Of Broken Dreams - Green Day
>>Pensa: Como o vocal do Green Day tá magro... Ui, ui
>>Sente: Que as pessoas andam, sabia?
>>Sonho do dia: Encontrar




Você pode, sabia?

As pessoas dizem que é normal morrer, viver, nascer. Eu questiono o fato natural das coisas, já que nada é tão real a mim quanto eu mesma. Ninguém pode controlar outra pessoa, ninguém pode se apaixonar por alguém que não merece. Deveria haver um decreto para que a igualdade fosse sempre respeitada. Deveria haver consciência, consideração, compreensão. Atualmente há muitas injustiças, ou só eu julgo injusto morrer em uma guerra por território ou petróleo? Só eu julgo injusto morrer de fome ou sede porque outras pessoas querem?
Por mais que digam, falem ou pensem, acho injusto prender. Acho injusto já que “nós” mesmo criamos tal situação. É injusto também permanecer calado. Faço meus pequenos protestos para que um dia se torne um grande movimento. Aqui, em minha casa, há muitas injustiças, mas dentro de mim nenhuma que saiba, ou nenhuma que eu considere. Eu sou capaz de perdoar tudo o que vi até hoje, sou capaz de compreender, mas nunca discriminar. As pessoas erram, mas não admitem que ninguém erre. As pessoas fedem, mas só falam do mal cheiro alheiro. Sim, é muito fácil criticar e é muito difícil viver e conviver com a injustiça. É muito fácil falar e difícil viver e compreender.
Não sou a verdade, não, não sou! Não sou Deus, nem Maria, nem Jesus, até mesmo porque acho pouco provável a existência de todos eles, acho pouco provável a existência de qualquer pessoa, até a minha.
Eu por diversas vezes me contradigo, mas uma coisa tenho mais do que certa dentro de mim e essa coisa se chama AMOR. E amor só é amor se amar, e amar é respeitar, entender e se ajustar. Amar é ajudar, ser e viver. Não conheço nenhuma criança, adulto ou idoso com AIDS, mas se a minha morte mostrasse a cura de tal doença, já estaria morta. E não me importaria ser lembrada. E não seria uma morta mais feliz se tivesse um dia dedicado a mim.
Não falo da ADIS hoje porque é o dia do combate a ela, mas falo da AIDS quase que diariamente, pois lembro dos problemas alheiros e lembro como o mundo gira ao contrario e como prego quase que religiosamente meus ideais e convicções. E há pessoas que nem se lembram que há um outro alguém precisando de ajuda, MUITA ajuda!

Consciência é tudo, eu insisto!


Não tenha vergonha de ser, viver ou de agir, só tenha vergonha de mentir!


Todo mundo quer viver, não é só você!