16 de agosto de 2004

0800

Pode parecer mentira, desdenho, exagero. Tristeza é o que sinto. Felicidade é a culpa e infelicidade é a resolução. Não é depressão, não é dor de cotovelo. Mas me parece água que bate em pedra, mas o ditado não se valida. Não sou negligente nem hipócrita para acreditar no que penso. Sou algo, alguém, ninguém. Sou o ninguém que te interroga e te amedronta com tantas verdades cruas, nuas e cruéis. Creio que não seja pássaro sábio e nem pato que voa. Não sou o que sei que não serei. Serei aquele que te colocara fé, mas não em Deus e sim em você mesmo. Serei aquele que você não vai precisar, porque você terá a ti e só a ti será necessário. Serei aquele que irá te mostrar a porta da liberdade e do amor. Não sou Deus, não sou o maior ser, sou eu. Talvez alguém, talvez ninguém. Talvez não passe de uma louca ou de uma distraída mal amada. Porque eu sou uma sonhadora, uma cleptomaníaca, uma piromaniaca, uma veterana, ou uma bichete, sou o poço, sou o que sua mente quiser.
Não pare, não pense, não se distraia com os meus desvios de personalidade nem com o calafrio que bate na sua porta. Não crie expectativas que não virão. Porque só você sente a dor, ou a alegria de não ser alguém como os outros.
Não se julgue, não seja o que você não é, porque eu farei isso por você...
Que eu sou? Eu sou aquele que não vai te abandonar, eu sou aquele que irá morrer quando você partir e não avisar. Porque eu sou seu amigo, sou seu irmão, sou seu pai, sua mãe.Sou o que você quiser que eu seja, assim serei eu. E assim você nunca irá reclamar para 0800.